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Câncer de bexiga: se detectado na fase inicial, chance de cura é alta

Diagnóstico precoce, com doença superficial, eleva sobrevida para mais de 80% em cinco anos

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein*
11 nov 2022, 17h31

Embora relativamente raro, o diagnóstico recente dos apresentadores Celso Portiolli e Roberto Justus jogou luz sobre a importância da detecção do câncer de bexiga.

A boa notícia é que o tumor é pouco frequente e tem altas chances de cura, se diagnosticado precocemente. Estima-se cerca de dez mil novos casos no triênio 2020-2022, contra 65 mil novos tumores de próstata, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Os pacientes são, majoritariamente, homens brancos acima dos 60 anos.

Em 90% dos casos, o câncer de bexiga acomete as células que recobrem internamente o órgão – o chamado tumor de células transicionais, ou tumores uroteliais. O tabagismo está por trás de metade dos registros.

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“Fumantes têm de 2 a 4 vezes mais chances de desenvolver esse câncer”, explica o urologista Leonardo Borges, do Hospital Israelita Albert Einstein. Outros 20% desses diagnósticos são associados à exposição a aminas aromáticas, substâncias químicas presentes em indústrias como de tintas, corantes, borracha, entre outras.

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Tipos e tratamento

Há outros tipos de tumores na bexiga, como o de células escamosas, relacionados à irritação crônica por cálculos na bexiga, cateteres, infecções crônicas, e o adenocarcinoma. Esses tipos, no entanto, são mais raros.

Por não ser um câncer frequente, não há indicação para rastreamento periódico, como no caso da mamografia ou dos exames para checagem da próstata. “Mas, em check-ups de rotina, o médico tende a pedir um ultrassom que já serve para avaliação da bexiga”, diz Borges.

+ Leia também: ANS ouve sociedade sobre inclusão de tratamentos para câncer de bexiga

O câncer de bexiga costuma dar sintomas ainda no começo e, na maioria dos casos (70%), é superficial e não se espalha. Ele causa sangramento mesmo nas fases iniciais. Por isso, sempre que houver sintomas como dor ou sangramento, deve-se procurar um médico.

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“Apesar de haver outras causas possíveis, mesmo benignas, é preciso considerar a suspeita de câncer”, explica o especialista. A identificação do tumor pode ser feita por meio de exames de urina e de imagem.

O tratamento é feito por meio de cirurgia endoscópica, através da uretra. Para evitar a volta da doença, são aplicados medicamentos dentro da bexiga, como quimioterapia e imunoterapia – nesses casos, usa-se o BCG, bacilo capaz de estimular a reação do organismo para combater as células cancerosas. Quando descoberto inicialmente, a chance de sobrevida é acima de 80%.

Esse texto foi publicado originalmente na Agência Einstein.

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