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Dezembro laranja: câncer de pele na mira

No mês de conscientização sobre a doença, dois especialistas explicam por que precisamos nos esforçar pela prevenção e detecção precoce

Por Reinado Tovo Filho, dermatologista, e Fábio Ferreira, cirurgião oncológico*
21 dez 2021, 10h38
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  • O câncer de pele é o tipo de tumor mais comum no Brasil e em todo o mundo. Mais frequentemente, atinge a população adulta de pele clara, olhos claros, ruivos, além de pessoas com histórico familiar da doença ou predisposição genética.

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    Correm maior risco de desenvolver o problema indivíduos com alta exposição solar sem proteção adequada, quem se submete a câmaras de bronzeamento artificial (atividade proibida no país) e pacientes imunossuprimidos e transplantados.

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    Os tipos mais prevalentes de câncer de pele são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular, e ambos tendem a aparecer em áreas mais expostas ao sol.

    O primeiro costuma surgir como uma mancha avermelhada, que se descama e, com o tempo, se transforma numa ferida que não cicatriza e pode sangrar. Com a progressão, pode tornar-se um nódulo de coloração rósea, avermelhada ou mesmo enegrecida nas bordas, que podem parecer translúcidas ou com tons perolados.

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    O segundo tipo mencionado também pode aparecer como mancha avermelhada, apresentando ou não descamação, mas acaba sofrendo um processo de ulceração e sangramento. Também pode haver manchas ásperas, com crostas endurecidas, inclusive em áreas de exposição solar. E ele ainda pode se manifestar sobre uma ferida crônica ou em uma cicatriza antiga de queimadura.

    + Leia também: Câncer de pele: também é preciso proteger o couro cabeludo

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    Há ainda um terceiro tipo de câncer de pele, o melanoma, menos comum, mas bem mais agressivo. Representa cerca de 3% dos tumores cutâneos, e, embora afete mais adultos de pele clara, também acomete a população negra, mais frequentemente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Geralmente aparece como uma mancha escura com diferentes tons, podendo crescer e evoluir como uma ferida e até sangrar.

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    A regra do ABCDE ajuda a diagnosticar alterações na pele que podem sinalizar a presença de um câncer:

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    Em geral, o câncer de pele tem bom prognóstico quando detectado em fase inicial. O diagnóstico é feito principalmente pela observação clínica e por meio de exames complementares como a dermatoscopia, seguida de biópsia e exame anatomopatológico.

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    O diagnóstico precoce aumenta a chance de utilizarmos tratamentos mais simples e menos invasivos. Porém, em fases avançadas, precisamos lançar mão de estratégias como cirurgias dermatológicas ou oncológicas mais complexas, radioterapia, quimioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia.

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    A imunoterapia representa hoje a forma mais eficaz de combater tumores de pele que progrediram − esses medicamentos removem os freios do sistema imunológico, permitindo seu ataque às células cancerosas.

    Na terapia-alvo, o conhecimento de alterações moleculares específicas de cada tumor tem nos auxiliado na escolha das drogas mais aptas a interferir nos alvos tumorais.

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    Essas tendências e novos conceitos no tratamento têm inspirado os núcleos de Dermatologia e de Oncologia Cutânea e Sarcomas do Hospital Sírio-Libanês (SP), que já se balizam hoje pela medicina personalizada e de precisão.

    Quando necessário, podemos realizar até um perfil genético do paciente e das características moleculares do tumor para escolher a terapia mais adequada. Junto ao tratamento multidisciplinar e ao acolhimento humanizado, isso permite alcançar melhores taxas de cura e qualidade de vida.

    Mas a principal mensagem hoje se destina à prevenção e ao diagnóstico precoce. O cuidado com a pele deve ser constante. Devemos manter um olhar atento para mudanças em pintas ou o aparecimento de manchas e lesões e, ainda mais no verão, usar protetor solar e nos resguardar do sol nas atividades ao ar livre.

    * Reinado Tovo Filho é dermatologista, coordenador da Residência Médica de Dermatologia e coordenador do Núcleo de Dermatologia do Hospital Sírio-Libanês; Fábio Ferreira é cirurgião oncológico e coordenador do Núcleo de Oncologia Cutânea e Sarcomas do Hospital Sírio-Libanês

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