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Conheça as tecnologias que estão mudando o tratamento do diabetes

Do monitoramento da glicose à aplicação de insulina, avanços já se tornaram grandes aliados no manejo da doença

Por Marcio Krakauer, endocrinologista*
7 Maio 2025, 10h36
diabetes pós-covid
Dispositivos e novos medicamentos dão mais qualidade de vida a quem convive com o diabetes (Foto: Towfiqu barbhuiya/Unsplash/Divulgação)
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Nas últimas décadas, a tecnologia tem desempenhado um papel essencial na melhoria da qualidade de vida de pessoas com diabetes.

Do diagnóstico ao controle diário da glicemia, hoje temos ferramentas mais precisas, confortáveis e eficientes para o manejo da doença, promovendo autonomia e segurança a pacientes, médicos e profissionais da saúde.

Um dos marcos mais importantes nessa evolução foi a criação dos glicosímetros portáteis. Antes deles, o controle glicêmico era feito apenas em laboratórios, com coletas pontuais que limitavam a análise detalhada das variações diárias da glicose.

Com os medidores domésticos, tornou-se possível verificar os níveis de açúcar no sangue em tempo real, facilitando ajustes imediatos na alimentação e na dosagem de insulina.

+Leia também: Diabetes em transformação: o que está mudando no tratamento

Mais recentemente, os monitores contínuos de glicose (CGMs, da sigla em inglês), revolucionaram ainda mais esse cenário. Esses dispositivos, aplicados na pele, medem constantemente os níveis de glicose no líquido intersticial e transmitem os dados a aplicativos no celular ou a dispositivos próprios.

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Além disso, emitem alertas em tempo real quando há risco de hipoglicemia ou hiperglicemia, o que contribui para a prevenção de complicações graves.

A tecnologia deste tipo de monitoramento evoluiu muito nos últimos anos, especialmente com os iCGMs – sensores de alta precisão com padrões validados por agências regulatórias como o FDA, nos Estados Unidos. Na Europa, a comunidade científica estabeleceu o conceito de e-CGM, criando um novo patamar de exigência técnica e segurança para o usuário.

O Brasil, por sua vez, ainda carece de critérios formais para aprovar esses dispositivos. Isso abre espaço para sensores pouco confiáveis entrarem no mercado e colocar pacientes em risco. Por isso, a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) está propondo o desenvolvimento de uma matriz técnica própria, que possa ser apresentada à Anvisa como modelo de regulamentação.

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A tecnologia também transformou a forma de administrar a insulina. As canetas aplicadoras, que substituíram as seringas tradicionais, tornaram o processo mais prático e discreto. Com as bombas de insulina, o tratamento alcançou um novo patamar.

Esses dispositivos fornecem doses contínuas e programáveis de insulina ao longo do dia, imitando de forma mais fiel o funcionamento do pâncreas.

Algumas bombas, inclusive, já se integram aos CGMs, formando os chamados sistemas híbridos de circuito fechado — conhecidos como “pâncreas artificiais” — que ajustam automaticamente a administração de insulina com base nos níveis de glicose monitorados.

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Agora, o que mais vem por aí? A inteligência artificial, com certeza, terá papel de destaque. Ela tem o poder de personalizar tratamentos, prever crises glicêmicas antes que aconteçam e até auxiliar médicos em decisões terapêuticas complexas.

Porém, isso exige que, junto com essa revolução, venha a responsabilidade de garantir que todos esses sistemas sejam éticos, seguros e centrados no ser humano.

O tema será um dos principais durante o Sitec 2025, o Simpósio Internacional de Tecnologias em Diabetes, que será realizado dias 23 e 24 de maio em São Paulo pela Sociedade Brasileira de Diabetes.

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Sem dúvidas, estamos diante de uma mudança de paradigma. O médico do futuro precisa entender como a IA funciona, mas também precisa saber onde ela termina — e onde o julgamento clínico e o olhar humano sempre devem prevalecer.

*Marcio Krakauer, endocrinologista, é coordenador do Departamento de Tecnologia, Saúde Digital e Inovação da Sociedade Brasileira de Diabetes

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