A menopausa demarca o último ciclo menstrual e se inicia no momento em que os ovários param de produzir hormônios, encerrando a vida fértil da mulher. Esse processo ocorre geralmente a partir dos 45 anos e traz mudanças em todo o organismo, inclusive na pele.
Entre as alterações e perturbações típicas do período, temos as conhecidas ondas de calor, secura vaginal, mudanças de humor, maior predisposição a quadros depressivos e perda da autoestima, algo também relacionado ao estigma ainda existente sobre a menopausa.
No quesito “beleza”, o climatério traz consigo maior tendência a queda capilar, enfraquecimento das unhas e ressecamento da pele. Ou seja, a pele perde viço, aumenta a flacidez, aparecem rugas…
O ressecamento é a reclamação mais frequente entre as mulheres na menopausa e uma das questões que mais as incomodam, pois atinge o corpo todo, não apenas a face. Fora o efeito estético, pode causar até mesmo fissuras dolorosas. Daí a necessidade de cuidados constantes.
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Hoje, felizmente, já existem tecnologias específicas para a pele nessa fase da vida e linhas de dermocosméticos pensadas para essas mulheres. Esses produtos buscam, além da hidratação, oferecer maior equilíbrio cutâneo, uma vez que a pele da mulher se ressente com a queda dos hormônios, sobretudo o estrogênio.
As inovações acompanham uma mudança de comportamento na sociedade e a desconstrução do preconceito voltado à menopausa. Ainda é comum ver mulheres com vergonha e problemas de autoestima nesse período, mas, aos poucos, a coisa está mudando, e hoje o holofote na mulher 40+ valoriza sua beleza e as histórias por trás do aparecimento das rugas e dos cabelos brancos.
A ideia, agora, não é eliminar as marcas da idade a todo custo, mas buscar tratá-las e amenizá-las, de acordo com as expectativas da paciente.
Por isso, os procedimentos mais buscados nesse contexto são aqueles que buscam recuperar a firmeza e a sustentação da pele e o contorno facial. No consultório, contamos para essa finalidade com novas técnicas de microagulhamento, como a que é somada à energia térmica gerada por radiofrequência.
Para melhorar a textura e a densidade da pele, temos dispositivos baseados em radiofrequência microablativa, e, se o objetivo for o estímulo de colágeno, podemos recorrer a uma nova tecnologia micropulsada.
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Especificamente para o corpo, temos à disposição a radiofrequência para tratar a celulite e aparelhos de emissão eletromagnética que ajudam na definição corporal, trabalhando a construção muscular e a queima de gordura.
Em resumo, a mulher na menopausa pode e deve valorizar essa fase da vida, e a dermatologia estará ao seu lado para suprir as demandas relacionadas à beleza e à saúde da pele.
* Lígia Novais é dermatologista especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)