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Cirurgia plástica nas mamas vai muito além da estética

Reconstrução mamária após o tratamento do câncer preserva a autoestima e o bem-estar de mulheres e inclusive homens que tiveram a doença

Por Seung Lee, cirurgião plástico*
18 ago 2022, 09h38
foto de bisturi em cartolina rosa
Cirurgia plástica de reparação já pode ser feita após mastectomia.  (Foto: Veja Saúde/SAÚDE é Vital)
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O Brasil está entre os países que mais realizam cirurgias plásticas no mundo. Segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética, o segundo procedimento mais buscado em nosso país é o de prótese mamária. Além da estética, o crescimento desse mercado está muito relacionado com a busca de autoestima e qualidade de vida.

Novas técnicas e tecnologias na cirurgia plástica têm surgido e beneficiado inúmeras mulheres e homens, principalmente aqueles diagnosticados com câncer de mama. Estima-se que, para o ano de 2022, haja mais de 66 mil novos casos da doença e que pelo menos 1% das ocorrências acometam homens. São números significativos, e precisamos nos preocupar não apenas com o tratamento do tumor mas também com a reabilitação geral desses pacientes.

Para combater a doença, muitas vezes é necessário realizar a retirada cirúrgica da mama, a mastectomia. Ela preserva a saúde da paciente, só que pode ter um grande impacto físico e psicológico. A plástica, nesses casos, vai muito além da beleza. Ela ajuda a recuperar o bem-estar integral.

+ LEIA TAMBÉM: É possível amamentar após fazer uma cirurgia nas mamas?

Conhecida como mamoplastia oncológica, a operação de reconstituição da mama nesse contexto pode ou não contar com a instalação de uma prótese e garante firmeza, estabilidade e um melhor resultado estético à região no longo prazo.

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Procedimentos como esse podem ser feitos logo após a mastectomia. Assim, ao mesmo tempo que tratamos o câncer, já nos mobilizamos para preservar a autoestima e amparar o estado emocional da paciente, que pode sofrer com sentimentos como vergonha, medo e insatisfação com o próprio corpo após a retirada da mama.

Nos casos de homens diagnosticados com câncer de mama, ainda que raros, também podemos realizar cirurgias plásticas para reparar a área afetada pela doença.

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Não só. A população masculina hoje pode contar com plásticas para tratar a ginecomastia, o crescimento das glândulas mamárias em função de disfunções hormonais, obesidade ou uso de anabolizantes. A condição, mais frequente, não raro acarreta outros sintomas, como sensibilidade nas mamas, assimetria nas aréolas, coceira e secreção. Daí a indicação cirúrgica.

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Esses exemplos comprovam que uma cirurgia plástica não se resume ao ganho estético. É questão de bem-estar. E vale lembrar que, antes de realizar qualquer procedimento do tipo, é importante se certificar de que o cirurgião tenha registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e especialidade na área de atuação. Tudo em nome da segurança e dos melhores resultados!

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* Seung Lee é cirurgião plástico e especialista em contorno corporal

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