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Novo exame evitou 52% de cirurgias na tireoide, diz estudo

Teste muda jogo para nódulos que não conseguem ser classificados e levam indivíduos à mesa de cirurgia mesmo sem certeza de diagnóstico do câncer

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 7 jul 2022, 15h35 - Publicado em 7 jul 2022, 13h27

Cerca de 68% da população pode descobrir um nódulo na tireoide ao longo da vida, e médicos são desafiados a classificá-lo como benigno ou maligno para definir os próximos passos do tratamento. Um novo método apresentado em estudo publicado na revista The Lancet Discovery Science, capítulo eBioMedicine, entrega mais desses detalhes. Essa tecnologia ajudou a evitar 52% de cirurgias em um grupo de mais de 400 pacientes com nódulos de difícil classificação.

É importante evitar esse procedimento, pois a retirada da glândula resulta em uma vida com tratamento de reposição hormonal. Ora, a tireoide é uma pequena glândula em formato de borboleta que fica na região do pescoço, e é responsável pela fabricação de dois hormônios que ditam o ritmo do organismo. Como qualquer outra área do corpo humano, ela também pode sofrer com um tumor maligno nas suas dependências.

O primeiro sinal do problema é detectado com exames de imagem. Depois, para tipificar o nódulo, é feita punção aspirativa por agulha fina. Um material é retirado e analisado em laboratório.

“Normalmente, a partir da punção, cerca de 60% terá o resultado como benigno, mas em torno de 20% a 30% desses exames deixam margem para dúvida, e aí era preciso ir para a mesa de cirurgia”, explica Marcos Santos, CEO e fundador da Onkos.

+ Leia também: Tenho um nódulo na tireoide. E agora doutor?

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Em casos de câncer de tireoide, é realmente necessário fazer um procedimento. O problema é quando se fez uma cirurgia apenas para ter a certeza de um diagnóstico diferente. “Ocorre com frequência de o nódulo ser benigno, mas aí o indivíduo já perdeu a glândula”, avalia Santos.

Já esse novo exame é um classificador de tireoide baseado em microRNA, um teste genético que oferece mais informações sobre as características do nódulo a partir do mesmo material colhido pela punção.

No estudo, pessoas com nódulos indeterminados foram submetidas ao exame. A taxa de câncer foi de 20%, e os outros 80% receberam o resultado como benigno. Dentro dessa porcentagem de diagnosticados como tumor maligno, houve quem fez a cirurgia e o diagnóstico mudou para um nódulo comum. No resultado final, dentro desse grupo, houve um índice de  75% de cirurgias que foram, de fato, evitadas.

Um ponto importante, segundo autor do estudo, é que esse exame se concentra em apontar os nódulos benignos, porque não pode haver erro em relação aos malignos. Há falsos positivos, mas falsos negativos são mais raros que na própria punção, segundo Santos.

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“A medicina tem diretrizes para definir qual é o grau e o tipo de um tumor, mas nem sempre eles não eram suficientes para chegarmos a uma graduação correta. Esse tipo de análise laboratorial nos ajudará a minimizar tratamentos mais agressivos ou cirurgias mais abrangentes”, avalia Ana Melichar médica do Richet Medicina & Diagnóstico.

Pelo laboratório da Onkos é possível chegar a R$ 4 500. “Temos conseguido adesão dos planos de saúde, porque, além de a técnica resguardar a saúde da pessoa, há a redução de custos com procedimentos desnecessários”, argumenta Santos. O próximo passo é conseguir que exame seja aprovado também para uso no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, ele não sai por menos de R$ 4 500 na rede privada.

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