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Até quando os formigamentos pelo corpo são normais?

Médico esclarece quando essa sensação incômoda pode indicar algo mais sério

Por Dr. Elias Arcenio Neto, cirurgião vascular*
Atualizado em 23 dez 2020, 13h08 - Publicado em 28 ago 2019, 18h04

Formigamentos não são coisa do outro mundo: no dia a dia, podemos experimentar isso em diferentes partes do corpo sem que a sensação esteja relacionada a alguma doença. Pode acontecer nas mãos quando batemos o cotovelo, nos membros inferiores quando ficamos com as coxas cruzadas ou ainda nas pernas quando permanecemos um tempo prolongado em uma cadeira dura ou até mesmo no vaso sanitário.

Nessas situações, o formigamento é fruto de uma compressão externa causada por um trauma ou superfície dura. Um processo natural. No entanto, quando essa queixa se torna persistente ou recorrente, é importante procurar um médico para investigar possíveis problemas de saúde.

Entre as principais doenças que podem estar por trás de um formigamento mais frequente estão as neurológicas e ortopédicas. Um bom exemplo são os quadros de compressão mecânica dos nervos. Quando a compressão ocorre na altura do punho temos a chamada síndrome do túnel do carpo. Quando ocorre na região cervical, podemos ter uma hérnia de disco ou a síndrome do desfiladeiro cérvico-torácico. Ambas pedem tratamento.

Outras possíveis causas de formigamento são as infecções (caso da hanseníase), intoxicação por metais, toxinas ou drogas, deficiências de vitaminas (tiamina e vitamina B12), doenças metabólicas (diabetes, insuficiência renal…) ou, ainda, enfermidades que atingem o sistema nervoso, como esclerose múltipla e a síndrome de Guillain-Barré.

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Os problemas de caráter vascular não são causas comuns de formigamento, mas, quando acontece uma obstrução à passagem de sangue nas artérias, ocorre deficiência de oxigênio e nutrientes nos nervos dos braços e pernas, o que pode desencadear sintomas como a sensação de dormência nos membros. Entre as doenças vasculares associadas a isso estão os quadros de embolia e trombose arterial. 

Na embolia arterial, coágulos se desprendem do coração ou de grandes artérias e se deslocam em direção aos vasos dos braços ou das pernas. Pessoas com alguns tipos de arritmia (como fibrilação atrial) ou doenças em válvulas cardíacas estão mais sujeitos.

Nos casos de trombose arterial ocorre a formação de placas de gordura e coágulos capazes de entupir os vasos. As artérias da perna são as mais acometidas. Alguns fatores de risco estão associados ao problema: tabagismo, colesterol alto, diabetes, hipertensão, entre outros. Sendo assim, é fundamental aderir a um estilo de vida saudável — o que inclui evitar o cigarro, ter uma alimentação balanceada, praticar atividade física e alongamentos regulares e controlar o peso.

Em caso de dúvidas ou suspeitas, procure uma avaliação médica e evite as receitas milagrosas oferecidas por pessoas, locais e canais sem instrução ou qualificação. É um diagnóstico preciso e precoce, seguido de um tratamento efetivo, que fará a diferença na melhora dos sintomas.

*Dr. Elias Arcenio Neto é cirurgião vascular e coordenador do departamento científico de doenças venosas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular

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