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A relação entre as doenças reumáticas e o estresse

Condições como lúpus e artrite reumatoide podem gerar tensão emocional – e a tensão intensifica os sintomas. Como sair desse círculo vicioso?

Por Rodrigo Luppino Assad, reumatologista*
25 fev 2024, 08h33

A relação entre estresse mental, doenças reumáticas e o impacto dessas condições na saúde mental é complexa e bidirecional. Mas, sim: artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, fibromialgia, espondilite anquilosante, síndrome de Sjögren e artrite psoriásica podem ser exacerbadas pelo estresse.

A tensão crônica pode ativar aumentar a produção de hormônios “do estresse”, como a adrenalina e o cortisol, bem como afetar os níveis de hormônios sexuais. E essas alterações contribuem para a inflamação crônica e a disfunção imunológica, o que piora os sintomas das doenças reumáticas.

Ao mesmo tempo, viver com dor crônica, limitações físicas e a preocupação constante com a saúde a longo prazo, fatos inerentes às doenças reumáticas, aumentam o risco de estresse e depressão. É um círculo vicioso em que a enfermidade provoca o estresse, e o estresse agrava a enfermidade.

+ Leia também: O que está em alta no universo das doenças reumáticas

Por isso, o paciente precisa de uma abordagem multidisciplinar, que inclui não apenas o manejo dos sintomas físicos, como o suporte psicológico e estratégias para o gerenciamento do estresse.

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O papel do reumatologista é fundamental neste contexto, inclusive no reconhecimento e encaminhamento para o apoio psicológico necessário, que pode incluir a educação do paciente sobre a doença, o manejo da dor, a promoção de estilo de vida saudável e a coordenação de cuidados com outros profissionais, como psicólogos, fisioterapeutas e nutricionistas.

Pacientes também têm um papel ativo na melhoria deste ciclo. A adesão ao tratamento, o gerenciamento do estresse com técnicas como meditação e exercícios físicos adaptados, a manutenção de uma dieta equilibrada, a busca por apoio social e a valorização do sono são estratégias importantes.

+ Leia também: Além das articulações: doenças reumáticas podem afetar vários órgãos

Além disso, a participação em atividades prazerosas e em terapias psicológicas, quando necessário, melhoram a saúde mental e a qualidade de vida.

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A colaboração entre pacientes, reumatologistas e outros profissionais de saúde é essencial para o tratamento eficaz dessas condições e a promoção do bem-estar geral.

Abaixo, elenquei estratégias que os pacientes podem seguir, e que contribuírem na melhoria da sua saúde e bem-estar:

1. Adesão ao tratamento: seguir as orientações de tratamento prescritas pelo reumatologista é fundamental. Isso inclui tomar medicamentos conforme indicado, comparecer a consultas e realizar exames de acompanhamento.

2. Educação sobre a doença: obter informações confiáveis sobre sua condição ajuda a manejar expectativas e a gerenciar melhor os sintomas, o que reduz a ansiedade e o estresse.

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3. Técnicas de relaxamento: aprender práticas como meditação, mindfulness (atenção plena), técnicas de respiração profunda e ioga acalmam a mente dos pacientes.

4. Exercício regular: a atividade física adaptada pode ajudar a melhorar a mobilidade, reduzir a dor, combater a fadiga e aprimorar o humor. É importante escolher atividades apropriadas para o nível de saúde e capacidade física, com orientação profissional.

5. Alimentação saudável: uma dieta equilibrada ajuda a controlar o peso, reduzir a inflamação e melhorar a saúde. Alguns pacientes com doenças reumáticas se beneficiam de uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e fontes magras de proteína.

6. Suporte social: manter relações positivas e buscar apoio de amigos, família ou grupos de apoio fornece conforto emocional e reduz o isolamento.

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7. Comunicação eficaz com a equipe de saúde: estabelecer um diálogo honesto com os profissionais de saúde permite ajustes oportunos no tratamento e no apoio às necessidades individuais.

8. Hábitos de sono saudáveis: uma boa higiene do sono é importante para combater a fadiga e melhorar o bem-estar mental. Estratégias incluem manter um horário regular de sono, criar um ambiente propício ao descanso e evitar estimulantes antes de dormir.

9. Busca por tratamento psicológico: terapias como a cognitivo-comportamental podem ser eficazes para manejar estresse, ansiedade ou depressão.

10. Participação em atividades prazerosas: praticar hobbies melhora a qualidade de vida como um todo.

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*Rodrigo Luppino Assad é presidente da Sociedade Paulista de Reumatologia e médico reumatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

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