Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Com a Palavra Por Blog Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

A importância dos testes rápidos no diagnóstico das ISTs

Exames feitos no local do atendimento e com análise remota aceleram detecção de herpes, clamídia, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis

Por Bernardo Almeida, infectologista*
Atualizado em 8 Maio 2023, 16h34 - Publicado em 16 fev 2023, 18h22
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Anteriormente chamadas de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) ganharam essa nova terminologia (e sua correspondente sigla) em novembro de 2016, como parte das atualizações do Ministério da Saúde para dar o devido destaque à possibilidade de transmissão de vírus e bactérias por vias sexuais ainda que não haja sintomas deles.

    Publicidade

    Por se tratar de uma questão séria de saúde pública, é fundamental que abordemos o assunto sempre e façamos campanhas e alertas com o objetivo de conscientizar a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dessas condições. O Carnaval é um dos momentos propícios a isso.

    Publicidade

    Entre as ISTs mais comuns, estão a herpes genital, a sífilis, a gonorreia, a clamídia, as hepatites virais B e C, o HPV e o HIV. Na maioria dos casos, são transmitidas por contato sexual, seja ele oral, vaginal ou anal, sem o uso do preservativo.

    Quando surgem, os sintomas podem aparecer na forma de feridas, verrugas, corrimentos, lesões na pele, ínguas e dores pélvicas. E nem sempre essas manifestações se restringem ao órgão genital. Há doenças que provocam problemas nas palmas das mãos, nos olhos e em outras regiões do corpo.

    Publicidade

    + LEIA TAMBÉM: Cuidado com as ISTs no Carnaval

    É muito importante que homens e mulheres estejam atentos, nos momentos de sua higiene pessoal, a possíveis sinais de ISTs. Ainda assim, os casos assintomáticos são mais preocupantes, porque, sem diagnóstico e tratamento, a infecção continua sendo transmitida e pode evoluir para complicações graves, como infertilidade e câncer.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Como a principal forma de contágio é a relação sexual desprotegida, o método mais indicado e acessível de prevenção é o uso de preservativos (masculinos ou femininos). Eles são distribuídos gratuitamente em todas as unidades de serviço público de saúde do país.

    Para algumas infecções, temos uma proteção adicional e efetiva com vacinas, no caso de HPV e hepatite B, e medicações, como acontece com o HIV.

    Publicidade

    Outro ponto essencial nessa história é o diagnóstico precoce. Na prática médica, investigamos suspeitas de ISTs por meio da história e do exame físico do paciente, averiguando eventuais sintomas. Mas podemos realizar o rastreamento com exames, pensando sobretudo nos casos assintomáticos e na população de maior risco, que inclui gestantes e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.

    BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

    DISTRIBUÍDO POR

    Consulte remédios com os melhores preços

    Publicidade
    Favor usar palavras com mais de dois caracteres
    DISTRIBUÍDO POR

    Atualmente, os exames feitos em laboratórios tradicionais podem levar dias para ficarem prontos. E, claro, há horários fixos para a coleta e o processo de transporte das amostras, demandando infraestrutura robusta, maior tempo e custos mais elevados.

    Continua após a publicidade

    Com o avanço da tecnologia, temos uma alternativa viável, a realização de testes rápidos com análise remota, com os chamados Point of Care Testing (PoCT). Eles são feitos no local do atendimento do paciente e os resultados saem em até 30 minutos.

    A metodologia, aliada a ferramentas como inteligência artificial, não só permite a avaliação a distância como exige apenas algumas gotas de sangue, coletadas na ponta do dedo.

    Essas inovações tecnológicas, cada vez mais respaldadas em estudos, são, junto ao olhar de profissionais capacitados, um caminho para democratizar o atendimento e a detecção de doenças num país em que 90% das pessoas com hepatite C não sabem do seu diagnóstico e 40% dos usuários da rede pública consideram o acesso a exames sua principal dificuldade na busca pela saúde.

    Compartilhe essa matéria via:

    * Bernardo Almeida é infectologista, médico do Serviço de Epidemiologia Hospitalar e da Unidade de Urgência e Emergência do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diretor médico da Hilab

    Continua após a publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.