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A importância da doula no resgate do parto pleno

Essa profissional acompanha a mulher e a família em todo o processo da gravidez e do parto. Entenda como é a sua atuação

Por Mari Coraiola, doula*
5 mar 2023, 09h28

As doulas vêm ganhando espaço junto às grávidas tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como no sistema privado. Essa profissão, que chegou ao Brasil no início dos anos 2000, une a educação perinatal e o apoio à mulher no parto, levando-as a ter experiências positivas de nascimento – sem deixar de lado a assistência médica e a segurança do nascer.

A doula faz parte, hoje, do que chamamos de equipe multidisciplinar. Ou seja, ela atua, dentro de suas competências, ao lado de outros profissionais para garantir que as gestantes tenham acesso a um suporte único em todo o ciclo, da gestação ao pós-parto.

Mulheres que contam com doulas nesse período trabalham seus medos e expectativas, tendem a compreender melhor a importância do pré-natal e, consequentemente, comparecem de forma mais frequente às consultas com obstetra e equipe de enfermagem.

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Além disso, elas têm seus exames em dia, sabem abordar assuntos importantes com sua equipe técnica e se sentem mais preparadas para viver o momento do parto de forma segura e plena.

Cabe lembrar que, hoje, 57% dos nascimentos no Brasil ocorrem via cesariana – sendo que, para a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse índice não deveria passar de 15%.

É nesse cenário de necessidade de resgaste do parto como um processo natural e fisiológico que as doulas atuam. Ela também auxilia na redução de possíveis riscos e tomadas de decisões que possam caber ao momento.

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Mas, muito mais do que focar na via de nascimento, prezamos por uma experiência segura, respeitosa, positiva, baseada em evidências científicas e sem violência obstétrica.

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O acompanhamento de doulas, em paralelo à atuação das equipes de pré-natal, melhora os desfechos para mães e bebês no nascimento.

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Doulas tiram dúvidas, apoiam a construção de um plano de parto e reforçam a importância do pré-natal, dos exames e do acompanhamento da gestação pela equipe de referência.

Com o apoio da doula, gestante e acompanhantes sentem-se mais preparados para o trabalho de parto, estudam e buscam a assistência obstétrica mais qualificada.

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Doulas têm um papel único

Sendo assim, elas não substituem nenhum dos profissionais responsáveis tecnicamente pela assistência, e não possuem vínculos com os mesmos, mas, sim, trabalham em paralelo para suprir as necessidades de cada família.

Um exemplo dessa união entre profissionais é a coletânea “Maternar – gestação, parto e criação de uma nova consciência materna” (da Editora Appris), com organização de Sara Coelho.

Na obra, os mais variados profissionais do ciclo da gestação se unem para levar informações de qualidade para gestantes e famílias, ajudando-os a trilhar um caminho em direção a um parto positivo e uma maternagem transformadora.

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Apoio na hora da dor

Um dos principais receios das gestantes em relação à hora do parto diz respeito à dor. Pois as doulas ajudam a lidar com o desconforto.

Para isso, usamos técnicas naturais, como massagens, uso de bola, chuveiro, calor, movimentação, ambientação, música, vocalização e relaxamento. São estratégias que tornam o processo mais tranquilo, eficiente e natural.

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Elas também conseguem auxiliar na comunicação da família com a equipe sem interferir na conduta médica. Assim, tiram dúvidas que podem surgir no momento no parto, dão suporte para o acompanhante e permanecem ao lado da gestante caso a cesárea seja necessária.

Logo após o nascimento, as doulas auxiliam na amamentação na primeira hora de vida do bebê, auxiliam no momento pele a pele entre mãe e recém-nascido e, dessa maneira, vamos construindo, junto às famílias e equipes, experiência inesquecíveis de nascimento.

*Mari Coraiola é doula e educadora perinatal formada pelo GAMA (Grupo de Apoio à Maternidade Ativa), coordenadora e gestora da MasterDoulas do Brasil – formação e mentoria de doulas e uma das autoras da coletânea “Maternar – gestação, parto e criação de uma nova consciência materna” (editora Appris).

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