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13 perguntas que toda pessoa deve fazer ao seu médico

Uma boa comunicação é a base de um cuidado em saúde eficaz, seguro e humanizado

Por Rubens Covello, médico e gestor*
Atualizado em 27 nov 2024, 11h49 - Publicado em 27 nov 2024, 11h44
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Comunicação clara é fundamental para o sucesso de tratamentos de saúde (Foto: Freepik/Divulgação)
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As práticas preventivas e o envolvimento do indivíduo são passos fundamentais para o sucesso e a segurança dos tratamentos de saúde.

Ao invés de ver o paciente apenas como um receptor de diagnósticos e instruções, precisamos de uma nova abordagem, onde ele é um participante ativo de seu processo terapêutico.

E este é o desafio que proponho hoje: melhorar a comunicação entre as partes com 13 perguntas essenciais que os médicos podem apresentar ao paciente, promovendo uma tomada de decisão mais segura e alinhada.

Hoje, muitas pessoas fazem mais perguntas ao comprar um celular ou ao escolher um restaurante do que durante uma consulta médica.

Essa postura passiva resulta na perda de oportunidade de fazer tratamentos que poderiam ser mais eficazes, que não são conhecidos quando não há uma comunicação clara e objetiva.

Quando o paciente se sente à vontade para questionar e entender seu próprio diagnóstico e as alternativas de tratamento, ele participa ativamente de sua saúde.

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+Leia tambémO dia do (novo) médico

Um sistema de saúde voltado ao resultado

Historicamente, o sistema de saúde foi orientado para estruturas e processos. No entanto, caminhamos para uma era em que os resultados do tratamento e a satisfação do paciente serão as principais métricas de sucesso.

Para isso, é necessário transformar a comunicação em uma via de mão dupla, onde o paciente possa fazer perguntas e obter informações fundamentais.

Ao incentivar o paciente a questionar e compreender cada aspecto de seu tratamento, estabelecemos uma cultura de segurança, onde o paciente, o médico e toda a equipe de saúde compartilham a responsabilidade pelos resultados.

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Perguntas que devem fazer parte da consulta

1. Este é o meu diagnóstico?
2. Existem alternativas a este tratamento?
3. Quantas vezes você já fez este procedimento?
4. Quais exames tenho que fazer?
5. Quando vou receber os resultados?
6. Como se escreve o nome deste medicamento?
7. Este medicamento tem efeitos colaterais?
8. Este medicamento vai interagir com os medicamentos que eu já estou tomando?
9. Tenho que alterar a minha dieta alimentar para que estes medicamentos façam melhor efeito?
10. Quais são as possíveis complicações?
11. Posso esperar para decidir se vou iniciar este tratamento?
12. Quais as perspectivas para o meu futuro (prognóstico)?
13. Este tratamento interfere nas minhas atividades do dia a dia?

Comunicação para segurança e eficiência

É fundamental que os profissionais de saúde incentivem o paciente a perguntar mais, e se certifiquem de que todas as dúvidas sejam respondidas de forma clara e acessível.

Mais do que isso, as instituições de saúde devem adotar essas perguntas como uma ferramenta padrão, integrando essa prática na rotina dos consultórios, ambulatórios e pronto atendimentos.

Inserir o paciente em seu diagnóstico e tratamento é, antes de tudo, um compromisso ético e uma atitude de respeito à sua autonomia. Ao promover uma comunicação aberta e assertiva, profissionais e instituições de saúde caminham rumo a um sistema mais justo, igualitário e focado em resultados reais.

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Que as 13 perguntas se tornem uma bandeira na busca por um atendimento mais humano e seguro, onde o paciente seja verdadeiramente parte de sua própria jornada de saúde.

Essa mudança de mentalidade, no entanto, exige mais que uma simples lista de perguntas: precisamos de uma transformação cultural que inclua governos, universidades, empresas e todo o setor de saúde.

*Rubens Covello é médico e CEO da Quality Global Alliance 

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