A ideia de aumentar o pênis, seja com exercícios, remédios ou procedimentos, há tempos povoa a imaginação de muitos homens. E, com a popularização dos procedimentos estéticos, os que focam na estética genital masculina começam a se tornar mais frequentes e atrair atenção do público.
Porém, via de regra, produtos e serviços oferecidos na internet resultam em mera enganação, ou até mesmo colocam o interessado em risco.
A injeção de silicone ou de polimetilmetacrilato (o chamado PMMA) levou à infecção, deformação ou até necrose no pênis de diversos homens que se aventuraram em procedimentos experimentais.
Outras intervenções, como lipoaspiração da pube e liberação dos ligamentos penianos, trazem resultados frustros e pouco expressivos, em geral tendo sua indicação restrita a homens com diagnóstico de micropênis (com tamanho de até 8 centímetros durante a ereção).
Já o preenchimento do pênis usando gordura do próprio paciente se mostrou factível, porém invasivo e com índices de satisfação relativamente baixos.
O que tem mudado o cenário dos procedimentos de estética genital masculina é o preenchimento peniano com ácido hialurônico, também chamado de harmonização peniana, ou também bioplastia peniana.
Preenchimento com ácido hialurônico
A substância em si não é exatamente uma novidade: trata-se de um produto há anos utilizado em procedimentos como preenchimento labial ou harmonização facial.
Por sinal, o próprio ácido hialurônico é uma substância produzida pelo corpo humano, o que por um lado reduz seu risco de rejeição, e por outro implica em resultados com duração limitada, com seus efeitos desaparecendo gradualmente após um ano.
O procedimento foi rechaçado (e em certa medida ainda o é) por parte das sociedades médicas, pela escassez de evidências científicas robustas que atestassem sua eficácia e segurança.
A novidade no horizonte é justamente o surgimento dessas evidências em estudos recentes. Numa publicação deste ano no Journal of Sexual Medicine, autores norte americanos reportaram a realização de 300 casos, com satisfação próxima a 90% e sem complicações de maior gravidade.
Com o surgimento de evidências acerca da segurança de novas padronizações da técnica, um número crescente de urologistas tem aderido a esse procedimento, que pode aumentar de 2 a 3 centímetros a circunferência do pênis, seja flácido ou ereto.
É verdade que o procedimento não aumenta o comprimento do pênis em ereção, mas o aumento de volume que proporciona tem interessado cada vez mais homens em busca de um upgrade estético. Não à toa, tem se tornado mais frequentes os casos de personalidades conhecidas que se submeteram ao procedimento.
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É fato que se trata de um procedimento relativamente novo, e que os riscos e benefícios precisam ser discutidos cuidadosamente entre médico e paciente. Porém, as evidências recentes sugerem estar se abrindo um novo capítulo nas possibilidades dos procedimentos de estética genital masculina.