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Como poderá ser a vacinação dos idosos contra o coronavírus

Em meio a notícias e especulações sobre a vacina para Covid-19, nossa colunista comenta o que se sabe até agora sobre as candidatas e a aplicação em idosos

Por Maisa Kairalla
15 set 2020, 18h42
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  • Se você, assim como eu, tem acompanhado os noticiários ou as redes sociais, é bem provável que esteja sendo bombardeado de informações sobre a vacina contra o coronavírus. Ela ainda não virou realidade e há muita especulação a respeito, então precisamos filtrar o que sabemos de concreto até o momento. Vamos lá?

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    Será que eu vou precisar me vacinar? Sim! A primeira coisa que você precisa ter em mente é que a vacinação é a forma mais eficaz de combater e erradicar doenças infecciosas. Se não fosse pelas vacinas, ainda estaríamos vivendo epidemias frequentes de peste bubônica, pólio, sarampo, rubéola e tantas outras moléstias que assolaram por séculos a humanidade.

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    Além disso, quando eu me vacino, não estou cuidando apenas de mim, mas das pessoas com as quais tenho contato: familiares, amigos, colegas de trabalho, desconhecidos com quem cruzo pelo caminho e indivíduos que, por razões específicas, não podem tomar o imunizante.

    Mas os idosos poderão se vacinar contra a Covid-19? A expectativa atual é que sim, pessoas acima de 60 anos serão elegíveis à imunização e, por estarem no grupo de risco para quadros graves da doença, deverão ser consideradas prioritárias quando o produto for considerado seguro e estiver disponível.

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    Ok, mas enquanto não contamos com a vacina, será que os idosos (e outras pessoas no tal grupo de risco) podem flexibilizar o isolamento social? Até que tenhamos o imunizante, a recomendação é que essa parcela da população faça o possível para manter o distanciamento social. A Covid-19 ainda não foi controlada no Brasil e pode causar complicações especialmente nesse público. Se tiver de sair de casa, adote todas as medidas de segurança recomendadas: uso de máscara, higiene frequente das mãos, utilização do álcool em gel etc.

    E quando a vacina chegar… Será que teremos de tomar uma dose todo ano, como fazemos contra a gripe? A perspectiva é que sim, e a vacina contra a Covid-19 possa integrar nossa calendário vacinal anual. Isso tem a ver com a imunidade despertada pelo vírus e pelo imunizante, mas será examinado nos estudos.

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    E quais as candidatas à vacina mais promissoras? Temos no mundo pelo menos uma centena de pesquisas em andamento com esse propósito. Algumas vacinas estão nas etapas iniciais, na fase pré-clínica, e ainda não foram avaliadas em humanos. Ao redor de 34 já foram testadas em humanos e entre três e quatro estão mais próximas de um desfecho (positivo ou não), como apontou o médico e cientista americano Gregory Poland, um dos fundadores de um campo chamado vacinômica. Ele deu uma entrevista muito esclarecedora ao jornalista André Biernath e recomendo a leitura deste conteúdo publicado por VEJA SAÚDE.

    Mas quando teremos a vacina?

    Ainda não temos uma resposta segura para essa pergunta. Em tempos normais, um imunizante leva, em média, até dez anos para ser desenvolvido. Entretanto, graças aos esforços dos pesquisadores mundo afora, incluindo os brasileiros, devemos conseguir alcançar uma vacina mais rapidamente. A projeção é que ainda no primeiro semestre de 2021 tenhamos acesso à imunização contra a Covid-19 — pelo menos para os grupos de risco, como os idosos.

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    Contudo, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), acompanhada de diversos cientistas, alerta para o fato de que, em princípio, ao menos até 2022 a vacina não estará disponível para os bilhões de pessoas em todo o mundo. O professor Poland relata, na mesma entrevista que citei, que nos Estados Unidos uma vacina deve estar à disposição de parcela da população até março ou abril do próximo ano.

    E no Brasil? Bom, por aqui seguimos otimistas e acompanhando a evolução dos estudos. Até lá, o cenário pede cautela e muito cuidado com o que se ouve ou se lê, principalmente em redes sociais. Desconfie sempre de mensagens que não têm fonte confiável. Pior do que o vírus é a desinformação — e o desserviço gerado pelas fake news.

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