Durante uma viagem para São Sebastião, litoral norte de São Paulo, Mayla Tanferri, designer de SAÚDE, teve o calcanhar picado por um mosquito pólvora, mais conhecido como borrachudo e semelhante à mosca-das-frutas. Resultado? O pé inteiro ficou inchado, impossibilitando até o uso de sapatos. De volta à redação, ela nos incumbiu de descobrir a resposta para a pergunta que serve de título para este texto.
A origem da reação inflamatória alérgica é a saliva do borrachudo, que anestesia o local da picada e impede que o sangue coagule enquanto é sugado. Em seguida, vêm a vermelhidão, a coceira e o inchaço. E é justamente a intensidade desses sintomas, determinada pelo grau de sensibilidade da pessoa ao mosquito, que vai indicar se é necessário ou não procurar um médico.
“Na maioria das vezes, depois de um ou dois dias o incômodo passa naturalmente. É raro vermos reações graves. Nesses casos, são prescritos antialérgicos”, tranquiliza Claudio Roberto Gonsalez, infectologista do Hospital Villa-Lobos, da Rede D’Or São Luiz, em São Paulo.
Para se proteger do borrachudo, repelentes eletrônicos são pouco eficientes. Isso porque o bicho gosta mesmo é de áreas abertas, próximas à praia – e tem um apreço especial pelos membros inferiores do corpo, atacando-os quase sempre no começo da manhã ou no fim da tarde. “O ideal é aplicar o repelente diretamente no corpo e reaplicar conforme as instruções do rótulo”, orienta Gonsalez.