O colágeno é a principal proteína estrutural dos tecidos conjuntivos – ou seja, de pele, tendões, cartilagens e ossos. Ele constitui de 25 a 30% de todas as proteínas do corpo e é fabricado naturalmente pelo organismo.
Mas a partir dos 30 anos, o corpo diminui sua produção – e, aos 50, só consegue gerar 35% do colágeno do qual necessita. Como essa proteína dá sustentação à pele, o resultado é um conhecido processo de envelhecimento.
É importante destacar que a maneira de aumentar a fabricação de colágeno no corpo é através da síntese interna – ou seja, dando para o próprio organismo os ingredientes que constituem essa proteína e protegendo-a de agressões.
O nutricionista Alex Feitoza, da equipe Dietnet, relata que é possível consumir alimentos ricos em colágeno, como caldos de ossos, gelatina, carne magra, peixes, ovos e produtos lácteos. Ele complementa que a vitamina C desempenha um papel fundamental na produção dessa substância, porque é um antioxidante poderoso que protege as fibras de colágeno contra os danos causados pelos radicais livres.
Para aumentar a ingestão de vitamina C, consuma alimentos como frutas cítricas, morangos, kiwi, acerola. Garantir uma alimentação saudável de forma geral é o caminho mais adequado para preservar a saúde da pele.
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Mas não posso deixar de falar dos suplementos de colágeno. E para saber mais sobre eles, conversei com Iran Alkimin, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Ele me explicou que existem 29 tipos diferentes de colágeno que foram descobertos, mas, de longe, os mais comuns são os tipos I a IV. Só o tipo I compreende mais de 80% do colágeno no corpo humano, e é o mais abundante na pele.
Vale ressaltar que o suplemento de colágeno não interrompe o processo de envelhecimento, apenas o retardaria. Dessa forma, pode beneficiar no tratamento da pele, mantendo por mais tempo sua elasticidade e deixando a aparência jovem por mais tempo.
E importante: a gelatina que comemos no dia a dia possui apenas 10% de proteína. Já a versão em cápsula é o colágeno puro. Só que, por não ser hidrolisada, é menos eficiente. Ou seja, para ter o mesmo efeito do colágeno hidrolisado, você precisa consumir uma quantidade bem maior de gelatina em cápsulas.
É importante lembrar que alternativas de suplementação devem ser empregadas de acordo com as necessidades de cada indivíduo, após avaliação individualizada, e que exageros trazem danos à saúde.