Sorvetes, pudins, geleias, compotas, sucos, licores… Todas essas delícias, preparadas com a polpa do sapoti, desfilam nas cozinhas do Brasil, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.
Embora o fruto tenha tamanha popularidade por lá, seu berço é a América Central. E, bem antes das caravelas europeias aportarem em nosso continente, uma guloseima à base dele fazia sucesso.
Para prepará-la, maias e astecas extraíam látex do tronco do sapotizeiro e consumiam o que seria o precursor do chiclete.
O inventor norte-americano Thomas Adams Jr (1818-1905) teria se inspirado nesse costume para criar a goma de mascar muito tempo depois.
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Afora as preparações, o fruto também é devorado in natura. E nesse formato faz bonito para a saúde.
Para quem nunca deparou com ele nas bancas da feira ou supermercados, o sapoti tem casca marrom fininha, e mede entre 5 e 10 centímetros.
Contém sementes grandalhonas, pretas e brilhantes. Sua polpa amarelada e suculenta é bem doce. Tanto que o sabor costuma ser comparado ao de açúcar mascavo. Daí ser raro aparecer em receitas salgadas.
Quanto às riquezas nutricionais, vale o destaque para o teor de cobre, mineral que compõe as cartilagens que sustentam a pele, combate a anemia e aparece em estudos pela ação em prol da memória.
Há ainda as vitaminas C e as do complexo B, caso da B5 e do ácido fólico, um combo que favorece a imunidade.
Para completar, o sapoti, também chamado de sapota, oferta antioxidantes, especialmente compostos fenólicos como a quercetina, que coleciona evidências na proteção das artérias e no combate aos males cardiovasculares.
A trilha para essa coluna é Morena Tropicana, do pernambucano Alceu Valença, que traz o sapoti e outros tantos frutos muito apreciados no Nordeste.