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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Uma promessa ainda distante

A vacina para a prevenção do diabetes tipo 1 não obteve bons resultados até o momento, revela nosso colunista

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
Atualizado em 27 jun 2017, 16h34 - Publicado em 27 jun 2017, 16h33

Anualmente, endocrinologistas e diabetólogos do mundo inteiro se encontram para a maior reunião científica sobre diabetes, o congresso da Associação Americana de Diabetes (ADA, na sigla em inglês). O simples convite para fazer uma palestra nesse evento é uma das maiores honrarias para se mostrar no nosso currículo. Eu mesmo já tive essa oportunidade previamente e confesso que foi um dos momentos mais importantes de minha carreira — poucos brasileiros tiveram tal chance na história.

Na edição deste ano, no penúltimo dia de congresso em San Diego, nos Estados Unidos, foram apresentados dois grandes estudos com vacinas contra o diabetes tipo 1 — versão autoimune da doença, que em geral se manifesta na infância ou adolescência — feitos com o maior rigor científico. Todos os congressistas aguardavam com ansiedade. O objetivo desses experimentos era prevenir o problema em familiares de pessoas que já tinham a doença.

No primeiro desses trabalhos, avaliou-se a eficácia de uma estratégia que, a princípio, não parece uma vacina: a administração de insulina oral. Um grupo de voluntários recebia comprimidos de insulina e o restante ganhava placebo, pílula sem nenhuma substância ativa. O estudo era duplo–cego, ou seja, nem o médico nem o participante sabiam o que estava sendo tomado. Só sabiam os investigadores que comandavam a pesquisa. E qual foi o resultado? Após cerca de nove anos de acompanhamento, não houve a prevenção do diabetes tipo 1.

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No outro estudo, foi testada uma vacina com uma substância chamada GAD (a sigla vem do termo em inglês “glutamic acid decarboxylase”). Assim como a insulina oral, a ideia era impedir que o sistema imunológico agredisse as células produtoras de insulina lá no pâncreas e, dessa forma, evitar o surgimento da doença. Assim como na pesquisa anterior, esse trabalho era duplo-cego e feito com todo o rigor científico. E que conclusão rendeu? Após o seguimento por aproximadamente cinco anos, não houve — de novo! — prevenção do diabetes tipo 1.

Pelo visto, não foi desta vez que assistimos à apresentação de uma arma capaz de frear o aparecimento dessa doença. Continuamos todos, inclusive médicos, à espera da vacina contra o diabetes tipo 1. Enquanto isso, porém, vamos fugir dos contos da internet.

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