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Inteligência artificial para um tratamento personalizado da pele

Médica e criadora de um software de cuidados com a pele explica como conhecer fatores individuais faz a diferença na prevenção e no tratamento dermatológico

Por Dra. Flávia Addor, dermatologista*
Atualizado em 7 nov 2019, 12h54 - Publicado em 7 nov 2019, 12h38

O termo inglês prejuvenation, junção de prevenção e rejuvenescimento, foi criado pelo dermatologista americano Kenneth Arndt diante da necessidade de responder às pessoas mais jovens a respeito de qual idade e em qual momento deveriam iniciar os cuidados com a pele para minimizar os sinais do envelhecimento.

Desde então, o termo designa de maneira informal todas as estratégias para precaver as manifestações do tempo na pele, normalmente destinadas a pessoas que ainda não chegaram à fase de necessitar de medidas de rejuvenescimento em si.

Essas ações envolvem desde cuidados com a alimentação e o banho até procedimentos que visam adiar alguns sinais da idade. Alguns exemplos são a aplicação da toxina botulínica e a realização de pequenas cirurgias.

A questão que fica ao fundo é: se haverá uma maior expectativa de vida para a humanidade, com que pele queremos chegar aos 80, 90 anos?

Homens e mulheres de uma forma geral almejam viver mais e com uma pele de aspecto jovial e vistosa. Porém, a principal orientação para reduzir os efeitos do tempo é focar em uma rotina de cuidados desde cedo. E esse alerta não se resume apenas a usar protetores solares, que, apesar de muito difundidos, ainda não são utilizados pela maioria da população e de forma correta.

É essencial dar atenção redobrada ao estilo de vida, e isso envolve olhar para a dieta, as horas de sono, o estresse, o tabagismo e a presença de doenças que, direta ou indiretamente, favorecem o envelhecimento da pele.

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Não se trata apenas da prevenção do ponto de vista estético, mas também de evitar doenças dermatológicas mais comuns com a idade, e ligadas tanto a fatores internos como externos.

Genética e inteligência artificial

Durante toda a vida nosso corpo é palco de reações químicas, caso da produção de radicais livres, moléculas que podem atacar várias estruturas e células do organismo, inclusive nosso DNA. A pele não escapa a esse fenômeno. Outro processo nocivo é a glicação, relacionada ao excesso de açúcares no corpo, que reagem com proteínas da derme e resultam em defeitos na reparação cutânea.

Nesse contexto, o sistema de defesa ao envelhecimento gera, por vários motivos, uma inflamação leve e crônica, que, com o tempo, pode gerar danos aos tecidos. Além disso, mudanças no metabolismo e a chegada da menopausa no caso das mulheres também impactam a capacidade de renovação e reparação da pele.

Por fim, outra situação perigosa a que estamos expostos é o surgimento de mutações no DNA das células, condição propícia à formação de tumores.

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Todo esse detalhamento tem um lado prático: precisamos entender os fatores de risco ligados ao envelhecimento de cada um para esboçar um plano preventivo e tratamento personalizados. Para ajudar nesse processo de identificação, os médicos já podem contar com uma ferramenta de inteligência artificial, o SAILA (Skin Aging in Longevity). Trata-se de um software que, por meio de um questionário simples respondido pelo paciente no celular ou computador, fornece um perfil dos principais riscos individuais de danos à pele.

Ora, pessoas da mesma idade e sexo podem ter perfis totalmente distintos, e, assim, devem priorizar cuidados diferentes. Será que uma dona de casa pré-diabética e sedentária tem as mesmas necessidades e prioridades no tratamento dermatológico que uma desportista vegetariana?

O estilo de vida de cada um e as manifestações internas devem ser levados em consideração ao se traçar um plano de tratamento para o maior órgão do corpo, que tem total contato com o meio ambiente e recebe influência dos hormônios do organismo e dos nutrientes que ingerimos.

Portanto, a partir das respostas do software, o paciente pode se autoconhecer e fazer a prevenção de forma personalizada, com orientação médica e de acordo com o seu estilo de vida e a sua saúde. A tecnologia também ajuda o dermatologista a oferecer um tratamento mais amplo, seguro, detalhado e eficiente.

A inteligência artificial descortina um cenário mais amplo e profundo e direciona a forma como cada paciente deve ser abordado para alcançarmos os melhores resultados. Afinal, o objetivo é garantir ao máximo a qualidade da pele na longevidade.

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* Dra. Flávia Addor é médica, mestre em dermatologia, pós-graduada em nutrologia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e criadora do software SAILA, apoiado pela Mantecorp Skincare

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