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Ensino online faz diferença no desenvolvimento dos profissionais de saúde

Pandemia reforçou necessidade de plataformas e ferramentas que levem conhecimento atualizado a médicos de todo o país

Por Marcelo Ferraz Sampaio, chairman da MDHealth*
20 out 2021, 10h52
tecnologia na saúde
Ferramentas permitem a médicos se atualizar constantemente sobre novas pesquisas e dialogar com colegas para atender melhor os pacientes.  (Ilustração: Rômolo/SAÚDE é Vital)
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A educação é um direito de todos e deve ser incentivada com a colaboração da sociedade. Isso está na Constituição brasileira e, em razão da constante evolução tecnológica que vivemos, encontramos novas formas de levar um ensino de qualidade para um número cada vez maior de pessoas. Por meio de plataformas de educação online cada vez mais modernas e formatos inovadores, o acesso à informação e a capacitação de diversos profissionais se tornaram mais democráticos. E a área da saúde não é uma exceção.

Vamos usar um exemplo de um caso recente. Uma pesquisa apresentada durante o congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) revelou que a incidência de insuficiência cardíaca aguda em pacientes internados por Covid-19 pode chegar a 20%. Em apenas algumas horas, a informação já estava disponível para médicos de todo o Brasil, que também puderam acessar a pesquisa com os dados apresentados no evento. Se não tivéssemos ferramentas digitais disponíveis, isso levaria dias ou semanas para chegar aos nossos médicos.

Vivemos em um cenário no qual podcasts, webinars, videoaulas e ferramentas interativas possibilitam que conteúdos de qualidade tenham um alcance ilimitado e sejam mais acessíveis para milhares de profissionais de forma rápida. Na medicina, a necessidade da agilidade na transmissão de conhecimento é ainda mais latente.

Quem atua na área precisa se manter atualizado e em constante aprendizagem. Todos os dias, surgem novas pesquisas, inovações em exames e tratamentos. Por isso, é fundamental absorver o conhecimento inovador na mesma velocidade, a fim de proporcionar as melhores alternativas de diagnóstico e tratamento aos pacientes.

A tecnologia contribui não apenas para a agilidade na transmissão de informações, mas também para quebrar barreiras demográficas: médicos que trabalham em áreas remotas podem ter acesso ao mesmo conteúdo que os colegas de grandes centros urbanos. Também garante que um profissional com perfil mais generalista, que atua em determinado hospital, consiga rapidamente consultar a opinião de um especialista de outro canto do país, favorecendo as chances de sucesso em uma intervenção de emergência, por exemplo.

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+ LEIA TAMBÉM: Prêmio busca reconhecer principais inovações da medicina brasileira

Mais do que isso, quando consideramos que, em algumas regiões, como o Norte, o número de médicos é de 1,3 para cada mil habitantes, cerca de cinco vezes menos do que na capital, Brasília, segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), garantir que esses profissionais possam seguir em contínua aprendizagem sem que precisem se deslocar é extraordinário.

E, se ainda havia certo receio em relação à educação à distância para médicos, de uma certa forma a pandemia impactou positivamente essa questão, fazendo com que as pessoas confiassem nas soluções tecnológicas disponíveis. Na MDHealth, 100% dos eventos e atividades de atualização que eram realizados presencialmente foram convertidos para formatos digitais, na maioria das vezes multiplicando o número de participantes.

Com o isolamento social, os profissionais da área não tiveram alternativa a não ser se apoiar nas plataformas digitais para buscar informações e, com esse empurrãozinho, puderam descobrir que elas são fortes aliadas. Mas, se hoje as ferramentas tecnológicas já apoiam os especialistas no dia a dia, certamente serão indispensáveis para os médicos do futuro.

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Não falo apenas das plataformas de ensino remoto, mas de diversos dispositivos que estão ganhando cada vez mais espaço em hospitais e consultórios. Afinal, termos como uso de dados, inteligência artificial e telemedicina já estão fazendo parte do universo da saúde.

Sem dúvidas, o mundo pós-pandemia que estamos prestes a conhecer traz um novo horizonte para os profissionais e pacientes, uma vez que as transformações desse período seguirão avançando. São mudanças que irão contribuir com toda a sociedade, uma vez que teremos médicos mais qualificados e assertivos em suas tomadas de decisão com o suporte da tecnologia.

* Marcelo Ferraz Sampaio é cardiologista e chairman da MDHealth

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