Um novo gás para a ozonioterapia
Tratamentos à base de moléculas reativas de oxigênio existem há mais de 100 anos. E achados recentes reacendem o interesse pela técnica
Criada por médicos alemães e italianos no final do século 19, a ozonioterapia ficou no ostracismo por muitas décadas. Até que algumas pesquisas no início dos anos 2000 voltaram a chamar a atenção para a aplicação do ozônio, gás constituído de três átomos de oxigênio, por meio de injeções, jatos na pele ou cremes oleosos. “Além de eliminar bactérias e vírus, a técnica melhora a função das células e diminui a inflamação”, diz o ortopedista Maurício Marteleto Filho, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
Uma revisão de trabalhos assinada pelo Instituto Cochrane comparou o método com outras formas de tratamento para dores nas costas, como radiofrequência e cirurgia. E a ozonioterapia mostrou ser melhor do que as outras em longo prazo. Já aprovada na Europa e em alguns estados americanos, ela começa a ser encarada com mais seriedade por aqui. O Conselho Federal de Odontologia já deu seu aval, e o governo de Mato Grosso deve ser o primeiro a incentivá-la na rede pública. “Apesar de promissora, precisamos de mais estudos para comprovar seus efeitos”, contrapõe o ortopedista André Pedrinelli, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Como é que funciona?
A ozonioterapia pode ser empregada junto a outros tratamentos
Formas de uso
Existem diversas maneiras de colocar o ozônio no organismo. A principal delas utiliza uma máquina, que solta um jato na pele.
Combustível extra
O método ainda eleva a circulação sanguínea e o aporte de energia para as células, que passam a trabalhar de maneira mais eficaz.