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Para amenizar o refluxo

Apesar de ser natural nos primeiros meses de vida, o refluxo assusta muitos pais. Saiba como atenuá-lo e quando, de fato, ele desperta preocupação

Por Marília Marasciulo (colaboradora)
Atualizado em 25 fev 2019, 10h40 - Publicado em 9 dez 2015, 13h49
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Nem adianta chorar o leite derramado. Até a criança completar 2 anos de idade, ao menos algumas vezes ela regurgitará depois de se alimentar. Embora a situação tire o sono dos pais, o maior problema mesmo é a lambança na roupinha do pequeno – a saúde, ainda bem, não sai prejudicada.

Segundo a pediatra Cristina Helena Targa Ferreira, presidente do Departamento de Gastroenterologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), estima-se que de 60 a 80% dos bebês tenham o chamado refluxo gastroesofágico fisiológico. Traduzindo: o alimento que está no estômago volta para o esôfago e, às vezes, para a boca. Mas isso tende a se resolver naturalmente com o passar do tempo. Depois dos 7 meses de idade, o número de bebês com a condição cai para 21%. E depois dos 12 meses ela afeta menos de 5%.

O problema é que, em algumas crianças, a frequência e a intensidade com que isso ocorre são exageradas. Aí a história fica mais delicada. Além do risco de perda de peso, já que boa parte do alimento não chega a ser digerido, a acidez do suco gástrico que volta junto com o leite pode irritar o esôfago. A encrenca passa, então, a ser considerada patológica e, por isso, recebe o nome de doença do refluxo.

Os principais sintomas de alerta são emagrecimento, recuso frequente de comida, irritabilidade, sono inquieto e…vômito. Mas como diferenciar o vômito daquela regurgitação, digamos, natural? O pediatra Thiago Gara Caetano, do Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Anália Franco, em São Paulo, ensina: “A regurgitação costuma ocorrer imediatamente ou até meia hora depois da mamada e não atrapalha a criança. Já o vômito pode vir em outros momentos e causa o mesmo mal-estar que nos adultos”. Não é à toa que, nesses casos, a criança acaba chorando.

No tratamento, o foco é apaziguar os tais sintomas. Mas nada de medicamentos! Mudanças simples no dia a dia do bebê já fazem uma baita diferença. Por ser uma condição naturalmente corrigida pelo corpo com o decorrer do tempo, as melhores formas de prevenir o refluxo são as que envolvem alterações posturais e alimentares. Veja algumas aqui:

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Na hora de mamar

Procure deixar o bebê o mais na vertical possível, quase como se estivesse sentado. O ideal é encostar barriga com barriga e inclinar levemente a cabeça da criança, posicionando-a na dobra do cotovelo.

Aguarde o arroto

Quando o bebê terminar de mamar, espere até ele conseguir arrotar – isso pode levar de dez a 30 minutos. Mantenha-o em pé, ereto e firme, sem dar tapinhas nas costas ou sacudi-lo.

Na troca da fralda

É comum o neném mamar e, ao mesmo tempo, evacuar. Mas, se limpá-lo na horizontal, ele pode regurgitar. Resolva com um travesseiro antirrefluxo. Em vez de elevar as pernas da criança, gire seu corpo para o lado, evitando pressão no abdômen.

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Ao adormecer

A recomendação é utilizar um travesseiro antirrefluxo ou deixar a cabeceira do berço elevada a 30 graus. Agora, para evitar mesmo a volta do alimento, o crucial é que todo o tórax do bebê esteja mais alto, não só a cabeça.

 

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