A pele com celulite incomoda mais de 60% das mulheres (e alguns homens também). Mas, no fim das contas, como surge esse aspecto de casca de laranja? A SAÚDE explica para você e, de quebra, apresenta as causas do problema e como tratá-lo.
1. Lá vem inflação
Logo abaixo da epiderme e da derme, as duas camadas superficiais da pele, há um conjunto de adipócitos, as células de gordura. Hábitos de vida inadequados, como dieta ruim e sedentarismo, fazem essas unidades ficarem maiores.
2. Lotação máxima
Os adipócitos gordinhos afetam outras estruturas que existem por ali, como os vasos sanguíneos, que acabam esmagados. Com isso, menos oxigênio e nutrientes chegam à região e ocorre o acúmulo de toxinas, favorecendo inflamações.
3. Poças internas
Para piorar, a ação de hormônios como o estrogênio favorece o acúmulo de líquidos entre as células de gordura. Eis mais um fator que contribui para o surgimento das famigeradas deformações e irregularidades na pele.
4. Travou de vez
Para fechar a história, fibras que conectam a epiderme e a derme a uma camada mais profunda de músculos se enrijecem. Isso puxa a pele para baixo, formando aqueles buraquinhos característicos da celulite.
E os homens?
Eles saem ganhando nessa: além de não sofrerem grandes variações hormonais, a camada de gordura embaixo da pele é mais fina no sexo masculino. As fibras que ligam pele e músculos também são diferentes. Essas estruturas não são tão verticais quanto no corpo feminino, o que dificulta o aparecimento dos furinhos.
Os níveis de celulite
Grau 1: é quase imperceptível. Só é notada se a pele for beliscada ou contraída.
Grau 2: se torna mais aparente. Surgem algumas pequenas ondulações.
Grau 3: além de visíveis, as irregularidades ficam doloridas se forem apertadas.
Grau 4: são os casos mais avançados. A cútis ganha cara de casca de laranja.
O que causa os furinhos
- Sal, gordura e açúcar em excesso
- Baixo consumo de água
- Cigarro
- Muito salto alto
- Roupas bem apertadas
- Pílula anticoncepcional
Como aliviar
Antes de tudo, consulte sempre o dermatologista para escolher o tratamento ideal
Cremes e injeções: alguns produtos melhoram a firmeza e a vitalidade da pele.
Massagem: métodos como a drenagem linfática ajudam um pouco.
Exercício físico: mantém os adipócitos magrinhos e combate a flacidez.
Boa alimentação: garante nutrientes essenciais para frear a piora do quadro.
Fontes: Denise Steiner, dermatologista, conselheira da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e professora da Universidade de Mogi das Cruzes (SP); Monique Dalapicola, dermatologista do Hospital Nipo-Brasileiro (SP); Taciana Dal’Forno Dini, dermatologista e vice-presidente da SBD – Regional Rio Grande do Sul