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O que a crise tem a ver com a sua saúde

O cenário de turbulência econômica pode botar até a mente e o corpo em recessão. Investigamos esse impacto e o que está ao seu alcance para minimizar os riscos | por André Biernath, Diogo Sponchiato e Theo Ruprecht

Por Redação Saúde é Vital
Atualizado em 27 out 2016, 20h32 - Publicado em 23 nov 2015, 09h47
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  • Alta do dólar, inflação, desemprego… Eis o que mais se vê e ouve no noticiário. E olha que as projeções dos economistas não são nada animadoras. A crise econômica também respinga na saúde por influenciar algumas escolhas no cotidiano. O corte no orçamento pode significar um menor consumo de alimentos nutritivos, sabidamente mais caros. Foi o que aconteceu na Itália, onde o Instituto Neurológico Mediterrâneo Neuromed flagrou, entre 2007 e 2010, uma queda de 13% na ingestão da dieta mediterrânea, protagonizada por peixe, azeite e vegetais e eleita uma das mais equilibradas. Para evitar que o cenário se repita por aqui, o conselho é planejar melhor as contas: dá pra cortar muita coisa antes de abdicar da qualidade das refeições.
    Os experts ressaltam que a maneira como os tempos de vaca magra mexem com o bem-estar varia de pessoa para pessoa – sim, a carga genética faz diferença. “Ainda é possível notar que, enquanto alguns indivíduos sofrem, outros enxergam na crise oportunidades para crescer”, reflete o psiquiatra Mario Francisco Juruena, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Aliás, essa é uma bela filosofia a seguir enquanto a economia não melhora.

    Manual de sobrevivência
    Medidas para garantir disposição física e mental durante a crise

    Descanse das telas
    Celulares, tablets e afins emitem uma luz que dificulta o início do sono. Maneire à noite e nada de levá-los para a cama.
    Limpeza para dormir em paz
    Atenção se você pensa em cortar a faxina. Quem é alérgico sofre com o pó, e o nariz entupido acaba com o repouso.
    Não desconte no copo
    Nem pense em abrandar o estresse ou induzir o sono à base de álcool. A bebida só piora a qualidade das noites.
    Por uma ceia mais leve
    Há quem economize deixando pra jantar em casa. Só um cuidado: mandar uma pratada altas horas estorva o sono e gera refluxo.
    Leia para desligar
    Mas faça isso fora do quarto – assim como ver TV ou escutar música. Desconectar das tarefas é o caminho rumo aos sonhos.
    Não deixe de suar
    É preciso empenho, mas vale a pena. Exercícios melhoram até o sono. Se a academia está cara, troque pelo parque.
    Que tal um curso gratuito?
    Essa é uma boa hora para se atualizar e se diferenciar no mercado. As aulas ainda afastam ideias negativas.
    Socialize
    Os temores da crise são mais facilmente superados quando compartilhados. Reúna-se com amigos e familiares sempre que possível.
    Ohmmmm
    Meditação e outras técnicas de relaxamento ajudam a digerir o cenário atual, filtrando a sensação exagerada de pânico que pode nos cercar.
    Economia doméstica
    Viver muito apertado estressa. Cheque as despesas para ver se não há itens cortáveis. Só não abdique da saúde.
    Não deixe de se tratar
    Priorize ao máximo o dinheiro gasto para se livrar de doenças ou controlá-las. Lembre-se: isso é um investimento.
    Tente se divertir
    Dá pra se entreter mesmo com o orçamento curto (ler um livro, desenhar). A vida não é feita apenas de obrigações.
    Investimento vegetal
    Verduras, legumes e frutas até ficam mais caros, mas têm de aparecer no cardápio. Seus nutrientes blindam o organismo.
    Nada de desperdício
    Cascas, talos e sementes guardam vitaminas e podem compor deliciosas receitas. Tudo pelo custo/benefício.
    Olho na pressão
    Como o estresse impacta no peito, uma boa ideia é medir de vez em quando a pressão arterial. Se ela estiver alta, procure um médico

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