O impacto de lavar as mãos
Iniciativa de hospital paulistano conseguiu reduzir a taxa de infecções entre os pacientes
Todo mundo sabe (ou deveria saber) que higienizar as mãos faz parte daquela lista de atitudes que garantem menos micróbios trafegando pelo corpo. Dentro do hospital, então, esse hábito se torna ainda mais crucial. Pode ser determinante para evitar complicações entre os indivíduos internados.
Para incentivar pacientes e profissionais de saúde a respeitarem religiosamente esse cuidado, uma equipe do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, lançou mão de uma estratégia batizada de “desvio positivo”. O nome é estranho, mas na prática é simples: trata-se de usar o bom exemplo de quem já é adepto de uma causa (no caso, lavar bem as mãos) para disseminá-la entre seus pares.
Com isso em mente, o time do Einstein se reunia quinzenalmente com funcionários adeptos da higienização e os encorajava a disseminar o hábito entre colegas e clientes do hospital. Mais do que isso, a turma toda discutia quais seriam as melhores táticas para ampliar essa conscientização.
Depois dos encontros, algumas mudanças foram feitas, como facilitar o acesso aos dispositivos com gel de limpeza pelos corredores da instituição. Medidas como essa tiveram consequências notáveis. Em apenas seis meses, a taxa de infecções hospitalares na UTI semi-intensiva caiu pela metade.
O resultado, além de uma inspiração para outros centros hospitalares brasileiros, levou o Einstein a ser um dos finalistas da categoria Saúde e Prevenção do Prêmio SAÚDE 2009. A premiação, uma das mais respeitadas e concorridas do setor, chega agora à sua décima edição. Conheça os jurados e as categorias deste ano no www.premiosaude.com.br. E aguarde porque, em breve, você poderá votar nos seus trabalhos favoritos