Evento discute caminhos para qualidade de vida na terceira idade
Promovido pela biofarmacêutica GSK, o Longevidade 360° fomenta a reflexão e a busca por soluções para uma maturidade mais tranquila
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050 o planeta deve chegar a 2 bilhões de habitantes com idade superior a 60 anos.1
Hoje, de acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil conta com cerca de 30 milhões de pessoas com mais de 60 anos, o que equivale a 14% da população total do país. As projeções para os próximos anos apontam que, em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos em aproximadamente 2,28 milhões.2
O ritmo acelerado do envelhecimento populacional poderá trazer, sem dúvida, impactos nos sistemas de saúde, tanto público quanto privado, e desperta a reflexão5: como envelhecer com mais saúde?
Para discutir esse tema e traçar caminhos que garantam mais qualidade de vida e atendimento assertivo a essa população, a biofarmacêutica GSK, em parceria com VEJA Saúde, realizará, nos dias 18 e 19 de agosto, em São Paulo, o evento Longevidade 360° – Um Olhar Atual sobre a Revolução do Envelhecimento Saudável.
Apresentado pela jornalista Cris Guterres, o evento terá mesa-redonda com o tema Além da Idade: as Necessidades e Aspirações do Paciente em um Modelo de Cuidado Centrado e Integrado, com a participação de Marcelo Alvarenga, médico endocrinologista, CEO e sócio-fundador da ConectaExp, presidente da Sociedade Brasileira de Experiência do Paciente e Cuidado Centrado na Pessoa (SOBREXP); Kelly Cristina Rodrigues, CEO e fundadora da Patient Centricity Consulting e líder do Grupo Técnico de Experiência do Paciente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp); Maisa Kairalla, geriatra e presidente da Comissão de Vacinação da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG); e Patrícia Ferreira, geriatra e head do programa Longevidade da Rede D’Or.
Haverá, também, o talk show O Idoso do Futuro: Mudanças nas Dinâmicas Sociais de um Mundo que Envelhece, com o futurologista Tiago Mattos, e a palestra Explorando a Ciência da Longevidade: Pesquisas e Inovações, com a geneticista Mayana Zatz, que compartilhará informações valiosas sobre pesquisas e inovações na área da genética e seus impactos na longevidade.
Longevidade 360° – Um Olhar Atual sobre a Revolução do Envelhecimento Saudável terá, ainda, um bate-papo exclusivo e inspirador com a Monja Coen e o pianista e maestro João Carlos Martins, que conversarão sobre espiritualidade, sabedoria e longevidade, além de como manter a mente sã na maturidade.
Quem tiver interesse poderá acompanhar a transmissão ao vivo no dia 18 de agosto, no YouTube e redes sociais de VEJA Saúde, a partir das 19h.
Planejamento é essencial
“Estamos envelhecendo mais, porém não estamos envelhecendo melhor. Acredito que o principal motivo para isso esteja no fato de não pensarmos no envelhecimento. É preciso olhar não só para a saúde física como para os aspectos psicológicos e sociais. Isso requer planejamento e envolve a compreensão de todo o processo”, explica a geriatra Maisa Kairalla. “Vejo muitos idosos que têm recursos financeiros, mas não contam com vida social e enfrentam a solidão. Outros não têm recursos financeiros e encontram dificuldades para arcar com tratamentos. Enfim, o preparo multifacetado é essencial para um envelhecimento saudável, obviamente sempre pautado por uma boa alimentação e a prática de atividade física”, destaca.
O ecossistema de saúde centrado na pessoa
Marcelo Alvarenga, médico e primeiro profissional especialista certificado em Experiência do Paciente e Cuidado Centrado na Pessoa na América Latina, diz que “o envelhecimento traz desafios para os indivíduos, profissionais de saúde, sociedade e sistema de saúde. Para um envelhecimento saudável, o indivíduo deverá focar hábitos que preservem a sua saúde, independência, autonomia e protagonismo, se adaptar ao envelhecimento, se planejar financeiramente e socialmente. Os profissionais precisarão cada vez mais compreender as condições patológicas envolvidas no processo de envelhecimento e ampliar o seu olhar para o cuidado com foco na integralidade, individualidade (pessoa), acolhimento, parceria e decisão compartilhada. A sociedade deverá combater o isolamento social, abuso, negligência e etarismo. O sistema de saúde precisará focar estratégias voltadas ao acesso, equidade, redução dos desperdícios e ineficiências, coordenação e continuidade do cuidado, experiência humana, desfechos clínicos que importam para o paciente e geração de valor em saúde”.
A ciência em busca de respostas
Para a geneticista Mayana Zatz, que também participará do Longevidade 360°, existe um interesse enorme em realizar pesquisas que apontem o que se pode fazer para envelhecer bem. “Foram feitos estudos com centenários que fumaram durante toda a vida, têm sobrepeso e nunca praticaram exercícios físicos e que, ainda assim, chegam aos 100 anos ou mais, e muito bem. Nosso objetivo é entender como são os neurônios dessas pessoas que não perdem a capacidade cognitiva e, além disso, identificar quais são as variantes genéticas que as protegem e qual a proteína codificada por esses genes. A partir daí, acreditamos que poderemos derivar drogas que possam ajudar aqueles que não foram ‘premiados’ com os genes protetores dos centenários”, explica a doutora.
O caminho para a longevidade saudável
Também participante do evento, Kelly Cristina Rodrigues, CEO e fundadora da Patient Centricity Consulting, primeira empresa especializada em experiência do paciente no Brasil, destaca a importância da prevenção de doenças para a qualidade de vida na terceira idade. “Segundo o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros, sete em cada dez idosos sofrem de ao menos uma doença crônica, e a hipertensão está no topo dessa lista, seguida por dores na coluna, artrite, depressão e diabetes. A boa notícia, no entanto, é que, por meio do acompanhamento médico centrado na pessoa, com cuidados personalizados e coordenados entre diversos especialistas, além de uma alimentação saudável, prática de atividade física e uma vida socialmente ativa, é possível viver bem, prevenir ou controlar boa parte desses males. E essa nova ‘geração’ de idosos quer continuar ativa, o que fará toda a diferença”, conta.
Herpes zoster: doença reconhecida pela dor é mais comum em pessoas acima de 50 anos
Outra preocupação dos especialistas é em relação a doenças como herpes zoster, que atinge principalmente os adultos acima de 50 anos e os indivíduos imunocomprometidos. Além de causar uma forte dor, a enfermidade também pode prejudicar a qualidade de vida do paciente.3,4 “A infecção, também conhecida como cobreiro, é provocada pelo vírus da varicela-zóster, o mesmo da catapora. Geralmente, a catapora ocorre na infância, mas o vírus permanece latente em algumas regiões do sistema nervoso, especialmente nos gânglios neurais, e pode se manifestar décadas depois, justamente por causa do declínio do sistema imune”, explica o médico infectologista Jessé Reis Alves, gerente da área de vacinas da GSK.
Essa infecção geralmente começa com a sensação de formigamento ou dor em determinada região da pele, dor de cabeça ou mal-estar geral. E, alguns dias depois, surgem erupções cutâneas, localizadas apenas em um dos lados do corpo.3 “Converse com seu médico para saber sobre prevenção e tratamento”, orienta Alves.
Existe prevenção e tratamento para o herpes zoster. Converse com o seu médico.
Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.
NP-BR-HZU-JRNA-230008 – Agosto/2023
Referências
1. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Mundo terá 2 bilhões de idosos em 2050; OMS diz que ‘envelhecer bem deve ser prioridade global’. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/55124-mundo-ter%C3%A1-2-bilh%C3%B5es-de-idosos-em-2050-oms-diz-que-envelhecer-bem-deve-ser-prioridade-global. Acesso em: 28 jul 2023.
2. BOLETIM TEMÁTICO DA BIBLIOTECA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde do Idoso. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/boletim_tematico/saude_idoso_outubro_2022-1.pdf. Acesso em: 28 jul 2023.
3. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Prevention of herpes zoster: recommendations of the Advisory Committee on Immunization Practices (ACIP). MMWR, v. 57, RR-5, p. 1-30, 2008.
4. VAN OORSCHOT, Desirée et al. A cross-sectional concept elicitation study to understand the impact of herpes zoster on patients’ health-related quality of life. Infectious Diseases and Therapy, v. 11, n. 1, p. 501-516, 2022.
5. REIS, Carla; BARBOSA, Larissa Maria de Lima Horta; PIMENTEL, Vitor Paiva. O desafio do envelhecimento populacional na perspectiva sistêmica da saúde. 2016.