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Diabéticos: atenção na hora de se depilar

Por ter uma pele mais ressecada e menos elástica, pacientes precisam ter cautela ao realizar o procedimento

Por Maria Tereza Santos
21 jun 2018, 16h43
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  • Quem tem diabetes sabe que deve ficar de olho na dieta para controlar a quantidade de açúcar no sangue. Mas essa não é a única mudança que a doença impõe à rotina. Devido ao alto nível de glicose circulante, a pele desses pacientes acaba perdendo um pouco de água para o resto do organismo e, assim, torna-se ressecada. Por isso, requer uma atenção especial – principalmente na hora da depilação.

    De acordo com o endocrinologista Saulo Cavalcanti, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a derme do diabético também é menos elástica e mais fina. “Isso faz com que, diante de qualquer machucado, ela apresente uma cicatrização mais lenta. Além disso, há uma possibilidade maior de infecção por bactérias e fungos”, explica.

    Sem falar que os vasos sanguíneos que irrigam a pele geralmente apresentam problemas causados pelo diabetes. Isso dificulta o fluxo de sangue, aumentando a possibilidade de alterações na derme – situação que também facilita o aparecimento de infecções. “A depilação de qualquer tipo pode causar microlesões na pele, desde pequenos cortes a queimaduras leves. O risco de os diabéticos terem uma complicação local é alto”, alerta o médico.

    Por isso, é muito importante informar ao depilador sobre sua condição clínica e se hidratar bem antes. Segundo a esteticista e depiladora Luana Batista, o profissional deve escolher produtos que tenham a proposta de cuidar da cútis, como pré-depilatórios com ativos calmantes e ação analgésica, assim como ceras de baixa fusão para peles sensíveis. “Além de serem mais elásticas e cremosas, essas ceras têm mais aderência no pelo do que na pele”, justifica.

    A especialista, que estará presente no 8º Congresso de Depilação da Beauty Fair, evento que ocorre em São Paulo no mês de setembro, ressalta ainda que não há diferença nenhuma no processo de retirada dos pelos quando o cliente é diabético. Porém, para que sua pele não fique prejudicada, é crucial focar no pós-depilatório. “Nesse momento, a ação de géis e cremes específicos acalma e oferece uma ação hidratante, cicatrizante e anti-inflamatória”, informa Luana.

    Saulo frisa que, apesar de esses cuidados todos serem necessários, a medida mais essencial é consultar seu médico para confirmar se você pode realmente se submeter à depilação – tudo vai depender como anda o controle do diabetes.

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