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Cólica menstrual: dicas e tratamentos para aliviar a dor

A menstruação se aproxima e, com ela, para muitas mulheres, um doloroso tormento - mas há remédio para isso

Por Adriana Toledo
Atualizado em 21 mar 2023, 17h13 - Publicado em 12 set 2013, 22h00
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  • São poucas as felizardas que passam pelo período menstrual ilesas, isto é, sem dor nenhuma. Para a grande maioria, a fase é um suplício. Entre 70 e 90% das mulheres sofrem de dismenorréia, a popular cólica. “Para metade das que se queixam de dor, a sensação é tão forte que chega a ser incapacitante, impedindo que consigam trabalhar ou estudar direito”, revela o ginecologista César Eduardo Fernandes, da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, na Grande São Paulo.

    As principais vítimas, segundo Fernandes, são as adolescentes por volta dos 13 anos. Essa é a época em que os ovários amadurecem e estréiam em sua função de liberar um óvulo por mês. “A maior parte dos episódios de dor tem origem primária, ou seja, é decorrente do ciclo normal, e não de uma alteração orgânica extraordinária”, explica o ginecologista Jorge Souen, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

    O tratamento convencional, com antiespasmódicos, antiinflamatórios ou até mesmo anticoncepcionais, costuma dar conta do recado. Só que, em geral, não tão rapidamente quanto desejariam as mulheres que mensalmente se contorcem em contrações pélvicas nada agradáveis.

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    O laboratório Boehringer Ingelheim lançou um remédio em cápsula- gel à base de ibuprofeno, um antiinflamatório não-hormonal indicado para aliviar a situação. A vantagem? “Ele age com velocidade, como se fosse um medicamento líquido, mas tem a praticidade de uma cápsula”, resume Ricardo Amorim, gerente de grupo de produtos da linha gastrointestinal da empresa. “O comprimido comum leva cerca de duas horas para atingir seu efeito pleno, enquanto a nova fórmula começa a ser absorvida em 20 minutos e leva no máximo uma hora para eliminar de vez o desconforto”, garante.

    Comparada com suas congêneres, a droga tem menor concentração do princípio ativo e maior ação analgésica. É importante ressaltar, no entanto, que, se a dor persiste apesar do remédio ou aparece em idade mais avançada, é preciso investigar eventuais causas secundárias, como a endometriose – quando o revestimento do útero cresce para fora desse órgão , infecções ou mioma uterino, um tumor benigno. Ou seja, a cólica para quem já passou da adolescência é um bom motivo para não adiar a ida ao ginecologista.

    Em geral, para minimizar efeitos adversos, como irritação do estômago e do intestino, o melhor é ingerir a medicação após as refeições. Aliás, as vítimas de cólicas menstruais podem encontrar outros aliados à mesa. Uma dieta rica em vegetais, vitaminas B1, B6 e E, além de gordura proveniente dos peixes, reduz a severidade das dores, garante a ginecologista.

    Sérgio Ribeiro, ginecologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, recomenda evitar estimulantes como o café, o chocolate e os refrigerantes à base de cola, já que contêm cafeína, substância que contrai os vasos do endométrio, aumentando o mal-estar. Por fim, se você fuma, largue o cigarro se pretende viver com menos dor. E, se está muito acima do peso ideal, trate de emagrecer. “Há uma relação entre esses fatores e a dor pélvica menstrual”, informa o ginecologista Eduardo Schor.

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