Brasileiros são premiados por nova cirurgia fetal
Equipe de São Paulo desenvolve método pioneiro para corrigir defeito congênito ainda na barriga da mãe
Alguns problemas de saúde são identificados antes mesmo que o bebê saia do útero da mãe. É o caso da espinha bífida, malformação da coluna que pode causar paralisia e hidrocefalia, sequelas que comprometem a qualidade de vida da criança.
O tratamento dessa condição costuma ser um tanto complexo, mas uma equipe do Hospital Samaritano de São Paulo propôs uma nova abordagem para corrigi-la: por que não consertar as coisas ainda na barriga da mãe?
Depois de 14 anos estudando jeitos diferentes de realizar o procedimento, a equipe de cirurgia fetal chegou a uma operação menos invasiva, que depende de apenas três pequenos furos no ventre da paciente.
Com a ajuda de uma câmera, o especialista consegue visualizar e reposicionar nervos na coluna do feto utilizando duas pinças especiais. Muito melhor do que apelar para um corte de 10 centímetros na barriga da mãe — exigido pelo método tradicional —, que implica riscos tanto para ela quanto para o bebê.
A técnica é 100% brasileira e coloca nosso país como o segundo no mundo a conseguir reverter a espinha bífida por uma cirurgia fetal de via endoscópica. O primeiro foi a Alemanha, mas a técnica verde-e-amarela leva vantagem por ser até cem vezes mais barata que a versão germânica.
Pelo pioneirismo, o trabalho do Samaritano foi um dos destaques da categoria Saúde da Criança do Prêmio SAÚDE 2013. Se você é profissional da área e participou de um feito grandioso como esse, que tal divulgá-lo para o país inteiro? Inscreva-se nesta edição do Prêmio SAÚDE: https://premiosaude.com.br/inscricao/.