Black Friday e Natal: cuidados nas horas das compras por causa da Covid-19
Esqueça as aglomerações típicas de fim de ano nas lojas. Em 2020, será preciso ter cautela por causa do coronavírus. Veja dicas para comprar com segurança
Estamos acostumados a ver lojas e shoppings abarrotados no fim de ano devido à Black Friday e às compras de Natal. Mas, em meio a pandemia, o ideal é ficar longe desse amontoado de gente para conter a transmissão do coronavírus.
Só que fugir das aglomerações típicas dessa época não é o único cuidado importante a ser tomado diante da Covid-19. Veja abaixo como se proteger:
Dê preferência às lojas online
A melhor forma de não aglomerar é comprando direto de casa. Essa é uma recomendação que os especialistas fazem desde o início da pandemia e que continua valendo para as festas do fim de ano.
Na hora de pegar a encomenda, não esqueça de higienizar as mãos antes e depois. E vale espirrar álcool ou um spray desinfetante no presente.
O infectologista Marco Antonio Iazzetti, professor da Universidade Santo Amaro (Unisa), em São Paulo, admite que os estudos que investigaram a transmissão de Covid-19 por contato com objetos inanimados e superfícies são controversos.
Ainda não se sabe exatamente quanto tempo o Sars-CoV-2 sobrevive fora do corpo humano, nem o período que leva para ser inativado dependendo do material no qual está (papel, plástico, vidro, couro etc). No mais, parece que essa via de transmissão é menos importante do que a relacionada a tosses e espirros.
“Mas, em tese, é possível pegar a doença pelo contato com objetos contaminados. Por isso, se o consumidor quiser higienizá-los antes, não há problema nenhum”, orienta Iazzetti.
Shopping ou loja de rua?
Como já dissemos, o ideal é evitar ambas as modalidades. Se você achar imprescindível fazer compras ao vivo e a cores, pode parecer mais seguro ir ao comércio de rua, que possui um maior fluxo de ar. Mas até isso é motivo de discussão.
“Nos shoppings, há um controle maior da circulação de clientes e lojistas e da quantidade de pessoas que estão entrando. Na rua é mais difícil que isso aconteça”, raciocina o infectologista.
Por mais que o risco de se infectar em um local fechado seja maior, a possibilidade de haver aglomeração em ruas cheias de lojas — como a famosa 25 de Março, no centro da capital paulista — também é grande.
Contudo, entre um shopping no qual é necessário pegar um ônibus para chegar e um estabelecimento perto de casa, sem grande circulação de pessoas ao redor, a segunda opção se torna mais viável.
Independentemente de qual local você for, lembre-se de ficar de máscara e levar seu frasco de álcool gel.
Os protocolos de segurança nas lojas
Não adianta aderir às medidas de higiene se dentro da loja os funcionários não fizerem o mesmo. “Verifique se os vendedores e repositores estão de máscara e se eles disponibilizam álcool gel aos clientes”, ensina Iazzetti.
Também é bom checar se há um controle da quantidade de indivíduos que estão entrando.
Alguns comércios não estão permitindo experimentar roupas e sapatos. Para aqueles que estiverem, vale perguntar aos funcionários se estão passando spray desinfetante nas roupas.
“No caso dos sapatos, o risco de transmissão é muito baixo. Mas os funcionários podem oferecer meias descartáveis para que o cliente se sinta seguro na hora de provar”, afirma Iazetti.
Dia e horário das compras
Antes de 2020, recomendava-se não deixar as compras de fim de ano para a última hora para fugir das longas filas. Hoje, essa orientação serve para proteger a saúde.
“Quem não tiver a possibilidade de fazer compras pela internet, que já comece a providenciar os presentes dos parentes e familiares agora”, sugere Iazzetti.
Outra dica do professor é, se precisar ir até a loja, não enrolar. Ou seja, defina o que quer adquirir mesmo antes de chegar, cumpra sua missão e vá embora. “Não é hora de ir ao shopping para ficar ‘batendo perna’. Seja objetivo”, brinca o expert.
Além disso, priorize horários nos quais a chance de aglomeração é menor. “Evite os horários pós-trabalho ou os fins de semana. E não vá em grupo”, orienta o médico.
A forma de pagamento
Por fim, dê preferência ao cartão em vez do dinheiro em espécie. “Hoje, há a opção de pagamento por aproximação com código QR pelo celular e aplicativos de carteira digital”, conclui Iazzetti. É a tecnologia dando uma mão em nome de compras mais seguras.