Alzheimer se combate na escola
Frequentar a sala de aula ajuda a manter a cabeça sã com o passar dos anos
A cada aniversário comemorado, o cérebro fica um pouco mais vulnerável a males que prejudicam seu funcionamento, como o Alzheimer e demência vascular. Mas cientistas paulistanos descobriram um potente escudo contra encrencas neurodegenerativas: a escola.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de São Paulo estudaram a massa cinzenta de 675 indivíduos que morreram com mais de 50 anos. Os experts também perguntaram a familiares e amigos próximos sobre as habilidades mentais desse pessoal.
Resultado: entre os que passaram mais tempo na sala de aula, as funções cognitivas eram mais preservadas, independentemente de eventuais lesões no cérebro. Ou seja, o aprendizado formal foi capaz de barrar os sintomas clássicos de danos na cachola. Na contramão, quem estudou pouquíssimo tendia a sofrer com déficits cognitivos mais graves mesmo se os neurônios não apresentassem tantas alterações.
O trabalho foi o primeiro do mundo a comprovar que a educação, mesmo que básica, já ajuda a manter a lucidez quando há algum transtorno castigando o cérebro. Tamanho ineditismo fez o projeto vencer a edição 2013 do Prêmio SAÚDE na categoria Saúde Mental e Emocional.
Essa que é a maior premiação do setor já está com as inscrições abertas. Se você é profissional da área, envie seu projeto: https://premiosaude.com.br/inscricao/.