Aleitamento materno diminuiria os sintomas da asma nos bebês
Crianças com tendência genética a desenvolver a doença respiratória se beneficiariam do alimento
A importância do leite materno para a saúde do recém-nascido é unanimidade entre os especialistas. Um novo estudo, feito na Universidade de Basel, na Suíça, acrescenta mais um benefício à extensa lista de pontos positivos das mamadas: o combate da asma, problema caracterizado pelo fechamento dos brônquios, tubos por onde passa o oxigênio dentro dos pulmões. Entre os sintomas da enfermidade crônica estão falta de ar, tosses, chiado e dores no peito.
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Os cientistas ainda não sabem com 100% de certeza quais são as causas dessa doença. Mas eles acreditam que uma mutação genética é responsável pelo aumento do risco de desenvolvê-la na infância. Determinados genes elevariam a propensão a uma crise quando o indivíduo é exposto a gatilhos do ambiente, como o pólen das plantas ou os ácaros presentes na poeira de casa.
Os autores do estudo analisaram dados de 368 bebês. Eles descobriram que o grupo de crianças com uma variação no DNA que propiciava a asma e era amamentado por suas mães apresentava um risco 27% menor de desenvolver os sintomas respiratórios em comparação com a turminha que não recebia o alimento do seio materno. Novos estudos devem confirmar essa relação pra lá de benéfica. Portanto, a recomendação continua mais válida do que nunca: o leite deve ser o alimento exclusivo dos bebês durante os primeiros seis meses de vida, salvo alguma condição específica.