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7 vantagens do toque terapêutico

Ele não ajuda só a relaxar. Despontam evidências de que, quando bem aplicado, ajuda a controlar problemas que vão de dor nas costas a depressão

Por Priscila Gorzoni (colaboradora)
Atualizado em 10 abr 2023, 15h11 - Publicado em 14 set 2015, 13h36
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  • O toque de um terapeuta não é só um toque. Ele reverbera na pele, nos vasos, nos nervos, nos músculos, no cérebro… Por causa desse efeito, digamos sistêmico, seu potencial não tem escapado ao crivo de estudiosos. Confira algumas situações em que a massagem têm aval da ciência:

    Adeus estresse

    A massagem é uma das melhores invenções da humanidade para apaziguar a tensão. “As sessões tendem a diminuir a frequência cardíaca e respiratória e baixar a concentração de hormônios como cortisol e adrenalina”, explica Juliana Gama, terapeuta do Olimpia Spa, Day Spa & Wellness, na capital paulista.

    Em um estudo clássico realizado nos Estados Unidos dentro de uma empresa com 50 funcionários, os pesquisadores aplicaram massagens de 15 minutos duas vezes por semana em parte dos empregados. O restante recorria a técnicas mais simples de relaxamento. Ao final, confirmou-se que os massageados estavam mais dispostos e com um menor nível de hormônios de estresse.

    Segura a pressão

    É de supor que, por frearem o nervosismo, técnicas de massagem tenham um retorno positivo sobre a pressão arterial. Mas a ciência não vive de suposições. Por isso, uma equipe da Universidade Médica de Taipei, em Taiwan, conduziu uma revisão de estudos que avaliaram o impacto do método em pessoas hipertensas ou pré-hipertensas. A conclusão é positiva. Há uma queda moderada na pressão sistólica (a primeira do valor medido) e uma redução na diastólica (o segundo valor).

    “No entanto, os próprios autores reconhecem que são efeitos discretos e não dá pra cravar que o benefício é fruto da massagem em si. Ela seria mais uma ferramenta para promover bem-estar, junto a outros hábitos”, analisa o cardiologista Miguel Moretti, do Hospital e Maternidade São Luiz, São Paulo.

    As defesas agradecem

    Um experimento do Centro Médico Centro Médico Cedars-Sinai, nos Estados, comprovou que o toque terapêutico é realmente capaz de interferir no sistema imune. Na pesquisa, 29 dos 53 voluntários foram submetidos a uma sessão de massagem de 45 minutos. Depois desse período, os investigadores colheram amostras de sangue e saliva. Ao comparar com os dados da turma que não foi massageada, viu-se um aumento no número de células de defesa, bem como no de ocitocina, conhecido como hormônio do amor.

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    “É por essas razões que a massagem melhora o sistema imunológico”, afirma o fisioterapeuta Esperidião Aquim, do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba. Na prática, essa melhora se traduz em um menor risco de pegar gripes, resfriados e outras infecções.

    Silêncio para a dor

    Há bons motivos para entender por que sessões de massagem costumam das uma trégua a incômodos frequentes na coluna. Elas induzem a liberação dos nossos analgésicos naturais e auxiliam a remover resíduos como o ácido lático, facilitando a movimentação dos músculos.

    Uma revisão do Instituto Cochrane atesta que, em geral, o método é efetivo contra dores crônicas na lombar, especialmente se combinado a exercícios e educação postural. O ortopedista André Luís Lafratta, membro da Sociedade Brasileira de Coluna, lembra que, antes de apelar ao toque terapêutico, é necessário descobrir a origem da dor.

    “A massagem ajuda bastante quando o desconforto é muscular e está associado a tensão ou problemas posturais, uma vez que elimina contraturas”, exemplifica. “Por outro lado, é indicada a casos de hérnia de disco”, complementa. Portanto, vale a pena uma consulta antes de procurar o massagista.

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    Uma mão pra animar

    Pesquisas com mães adolescentes grávidas, idosos e pessoas que sofreram um trauma sugerem que o toque terapêutico tem efeito antidepressivo. Em avaliações feitas com base em testes laboratoriais, já se descobriu que o método chega a elevar a liberação de serotonina, um mensageiro químico cerebral associado à sensação de bem-estar – alguns medicamentos contra a depressão visam justamente aumentar a oferta desse neurotransmissor.

    “Os ajustes nos níveis dessas e de outras substâncias no cérebro são essenciais para o controle de diversas doenças psiquiátricas, como a própria depressão transtornos de ansiedade e dependência química”, justifica a psiquiatra Renata Bataglin, do Hospital e Maternidade São Luiz.

    Aliado no câncer

    Embora exista certa polêmica sobre o uso de massagem durante o tratamento da doença, alguns centros respeitados já a incluem no seu arsenal de medidas complementares. É o caso do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O biólogo Fábio Romano, um dos coordenadores do programa de toque terapêutico, explica que o método é adaptado a esses pacientes.

    “Usamos toques leves para proporcionar estímulos que gerem conforto e relaxamento”, explica. “Já observamos melhoras também em relação a náuseas, fadiga e perda de apetite”. É evidente que a massagem só entra em cena com liberação do oncologista. E técnicas como a drenagem linfática merecem mais cautela, sendo desaconselhada em alguns quadros.

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    Até para criança

    Os baixinhos também podem tirar proveito de massagens específicas. A mais recomendada é a shantala, técnica de origem indiana que pode ser feita a partir do primeiro mês de vida, desde que o bebê não apresente restrições médicas.

    “A prática ameniza a cólica, regula o intestino e ainda ajuda a melhorar o sono”, enumera a psicóloga Gabriella Demarque, profissional do curso de shantala do Hospital e Maternidade São Luiz. O bacana é que as mães podem aprender os movimentos para fazer em seus filhos, o que alimenta o vículo entre eles. A técnica também presta serviço a crianças mais velhas. “Nesse caso, orientamos no local em que elas mais gostam”, diz Gabriella.

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