Laser Fotona: o que é, para que serve e quais os seus benefícios
Tecnologia de origem eslovena promete muitas vantagens. Saiba o que é verdade

Nas notícias sobre celebridades e nas redes sociais, os procedimentos estéticos feitos com laser estão ganhando novos holofotes. Uma das tendências do momento é o laser Fotona, empregado principalmente em tratamentos dermatológicos.
A fabricante promete auxiliar na remoção de lipedemas, estrias e rejuvenescer a pele, mas nem tudo isso é possível. Saiba o que realmente é esse laser e o que ele de fato pode fazer por você.
O que é Fotona
A primeira coisa a saber é que “Fotona” refere-se à marca ou fabricante de equipamentos criados na Eslovênia, não ao tipo de laser utilizado. As diferentes máquinas oferecidas pela empresa utilizam versões sofisticadas dessa tecnologia disponível no mercado.
Além da multiplicidade de procedimentos nos quais esses equipamentos podem ser empregados, o conforto durante o tratamento é o principal diferencial apontado por médicos dermatologistas que já os utilizam. Os protocolos costumam ser menos doloridos do que os oferecidos por outras marcas e o tempo de recuperação também promete ser menor.
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O uso na dermatologia também tem se destacado pela eficácia em tratamentos para tons de pele mais escuros, que costumam ser mais sensíveis aos lasers convencionais.
Atualmente, os tratamentos para melanoses, melasmas, acne e na remoção de pelos são reconhecidos como eficazes. Mas para outras condições os resultados não são definitivos, como para o lipedema e a pigmentação de olheiras, por exemplo.
Como funcionam os tratamentos a laser e quais os seus riscos?
O termo “laser” é uma sigla para a tecnologia Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, que em tradução direta significa amplificação de luz por emissão estimulada de radiação. O mecanismo consiste no uso de radiação eletromagnética pulsada e direcionada para diferentes finalidades a fim de produzir uma modificação física, química ou biológica no seu alvo.
Por isso, é importante consultar se o profissional que irá realizar o tratamento está devidamente qualificado para usar essa tecnologia e se o equipamento está aprovado pela Anvisa – como é o caso das máquinas da Fotona.
Entre os tipos de laser disponíveis atualmente, os mais utilizados são o laser de neodímio e o laser de érbio.
O laser Nd:YAG usa cristais de neodímio para produzir ondas com um comprimento de 1 064 nanômetros, a medida do comprimento das ondas de radiação eletromagnética. A luz penetra na pele por aproximada de 5 a 10 milímetros, o que é considerado relativamente profundo. Por isso, esse laser é mais usado na remoção de tatuagens e no tratamento de melasmas, por exemplo.
Uma variação dessa classificação é o laser verde, ou KTP, que utiliza o neodímio como fonte e um cristal de titanilfosfato de potássio para amplificar sua força, levando a uma penetrabilidade de 1 a 2 micrômetros (o nanômetro é 1000 vezes menor que o micrômetro).
Já o laser de érbio (Er:YAG), também chamado de laser de CO2, tem ondas de 2 940 nanômetros cuja energia é absorvida pela água da pele. Isso faz com que sua penetrabilidade seja mais limitada, ideal para o tratamento de cicatrizes e pequenas marcas na pele.
Em todos os casos, quando lasers não são usados de forma adequada ou o paciente não segue o protocolo indicado após a aplicação na pele, podem ocorrer complicações.
Os efeitos colaterais variam entre uma vermelhidão, pontos arroxeados e inchaço que não evoluem para outros quadros, até efeitos mais graves como queimaduras com bolhas, alteração da cor do local, infecções e cicatrizes. Procure um dermatologista para acompanhar todas as etapas do seu tratamento, garantir que ele seja feito em segurança, e esclarecer suas dúvidas.