Um novo termo tem ganhado destaque nas redes sociais: os hip dips, também conhecidos como “violin hips”. Mas, afinal, o que eles realmente significam e por que estão gerando tanto burburinho no mundo da estética?
Essa é uma expressão em inglês que pode ser traduzida como “mergulhos do quadril” e descreve uma depressão ou afundamento que algumas pessoas têm na região entre o quadril e as coxas, criando uma leve curvatura que deixa o “quadril estreito”.
Esse contorno não é um problema de saúde, mas uma característica natural da anatomia humana.
Embora muitas pessoas possam não se dar conta, todos nós temos um certo grau dessa depressão, que é determinada pela estrutura dos ossos da pelve (ílio) e do fêmur (osso da coxa). Em outras palavras, os hip dips têm muito mais a ver com genética do que com a quantidade de gordura ou músculos que você tem.
Hip dips são naturais!
Embora os hip dips sejam uma característica absolutamente normal, muitas pessoas têm se preocupado em “corrigir” essa depressão devido às pressões estéticas associadas aos padrões de beleza. As redes sociais, em especial, têm propagado imagens de corpos “perfeitos”, o que faz com que muitos se sintam insatisfeitos com suas próprias formas.
No entanto, é essencial entender que os hip dips não indicam falta de condicionamento físico ou algum problema de saúde. Eles não afetam a funcionalidade do corpo e não dizem nada sobre o nível de força ou saúde de uma pessoa. Ainda assim, muitos acabam buscando soluções para suavizar essa característica natural.
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Exercícios podem suavizar, mas não “eliminam” os hip dips
Alguns exercícios podem ajudar a fortalecer os músculos ao redor da área dos hip dips, o que pode suavizar sua aparência. É importante ressaltar, porém, que esses exercícios não “eliminam” os hip dips, mas sim aumentam a musculatura local, tornando a depressão menos perceptível. Entre eles estão:
1. Agachamento: fortalece a musculatura dos glúteos e das coxas, ajudando a dar mais volume à região.
2. Elevação de quadril: focado nos glúteos, esse exercício pode ajudar a preencher levemente a área dos hip dips.
3. Abdução de quadril: movimentos com a perna em abdução, seja com elásticos ou na máquina, trabalham o glúteo médio, que pode suavizar as reentrâncias.
4. Caminhada lateral com elástico: o exercício ativa o glúteo médio e o tensor da fáscia lata, músculos que ajudam a dar suporte à região.
Ainda assim, é importante ter em mente que, por mais que o fortalecimento muscular possa alterar ligeiramente a aparência dessa área, os hip dips não desaparecerão completamente com exercícios, já que sua origem está na estrutura óssea.
Como é a cirurgia?
Algumas pessoas têm recorrido à cirurgia plástica como solução. O procedimento mais comum é a lipoescultura, onde a gordura é retirada de uma área do corpo, como abdômen ou coxas, e transferida para a região dos hip dips para preencher o afundamento. A vantagem desse método é o uso da própria gordura do corpo, o que reduz o risco de rejeição e outras complicações.
No entanto, há quem opte por preenchedores sintéticos, como polimetilmetacrilato (PMMA) e silicone líquido. Esses materiais são amplamente contraindicados, pois podem causar reações adversas graves, como infecções ou necroses, uma vez que o corpo não os absorve.
Vale destacar que a cirurgia não é indicada para todas as pessoas. Quem apresenta condições de saúde como diabetes, problemas renais ou obesidade, deve evitar esse tipo de procedimento por questões de segurança. E qualquer cirurgia tem seu grau de risco, então é preciso pensar bem antes de se submeter a uma operação que não tenha indicação terapêutica.
Por que não aceitar?
Em vez de focar em mudar a aparência dos hip dips, é importante refletir sobre o motivo pelo qual buscamos essas alterações. Será que é realmente uma escolha pessoal ou uma pressão pelos padrões de beleza impostos pela sociedade?
A realidade é que os quadris, independentemente de terem hip dips ou não, desempenham um papel vital na mobilidade e saúde. Fortalecer essa região é muito mais benéfico do que buscar formas de “corrigi-la”. Focar em exercícios para fortalecer os quadris e glúteos não apenas melhora a aparência, mas também traz benefícios funcionais, como maior estabilidade e prevenção de lesões.
Em vez de se concentrar em “consertar” algo que não está quebrado, por que não abraçar suas curvas naturais e valorizar o corpo que você tem?