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Cinta facial: o acessório polêmico de Kim Kardashian funciona?

Chamada de Face Wrap, ela alega melhorar contorno, papada e tem até colágeno. Mas realmente cumpre o que promete? 

Por Ingrid Luisa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 5 ago 2025, 15h42 - Publicado em 5 ago 2025, 15h24
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A cinta facial da marca Skims viralizou nas redes sociais (Reprodução Skims/Divulgação)
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A internet ficou em alvoroço após a marca de modeladores corporais de Kim Kardashian, a Skims, lançar uma cinta facial.

Sim, uma cinta modeladora para rosto, também chamada de “anti-papada”. Outro apelo é que o acessório afirma ter fios de colágeno no tecido, molécula muito associada a redução de flacidez e rugas.

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Mas vale a pena dormir todo enfaixado, pressionando tanto o rosto? Entenda.

A tendência do morning shed

Antes de tudo, é preciso contextualizar: o lançamento da Kardashian pode até ter colocado o acessório em pauta, mas, antes do lançamento, muitas mulheres já faziam uso de faixas modeladoras para o rosto.

Essa prática faz parte da tendência conhecida como morning shed, viralizada no TikTok, que consiste em dormir com diversas camadas de produtos e acessórios sob o rosto para acordar com uma pele desinchada e bonita.

E elas colocam tudo na esperança de amanhecer com uma aparência melhor: máscaras faciais, adesivos para lábios e nariz, fitas antirrugas, bandagens para o queixo, rolos de cabelo e toucas de seda.

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Faixas modeladoras para o rosto já eram usadas antes do lançamento de Kim. (Tiktok Jasmine Alishaa/Reprodução)

O acessório da Kardashian, claro, trouxe mais buzz para a tendência e fez com que influenciadoras que já usavam faixas atualizassem sua rotina.

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Mas, afinal, a cinta facial funciona?

Ela tem a mesma função de uma cinta modeladora de corpo, ou seja: exerce um efeito apenas temporário.

A médica dermatologista Leiliane Bregalda Alves explica que as cintas modeladoras atuam por meio de compressão mecânica. Ou seja, elas exercem pressão sobre áreas do corpo, ou mesmo sobre a região inferior do rosto promovendo um reposicionamento temporário dos tecidos moles.

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Ela ressalta que o objetivo é criar um contorno mais definido, reduzir o inchaço (especialmente ao acordar) e estimular uma percepção estética imediata. Mas não é algo duradouro:

“Todas as cintas, incluindo as utilizadas na região da cintura, têm efeitos temporários e não provocam alterações definitivas em estruturas profundas, como gordura localizada ou flacidez cutânea”, afirma a dermatologista.

O médico cirurgião plástico chama Carlos Manfrim chama isso de efeito Cinderela. Mas afirma que o colágeno é apenas marketing. “Não há nenhum estudo constatando que você colocar um tecido que tem colágeno na sua pele vai melhorar qualquer questão relativa a elasticidade ou rugas”, crava o especialista.

Evita papada?

Não há evidência científica de que o uso de cintas faciais previna a formação de papada.

“A flacidez da região submentoniana e a formação de papada têm múltiplas causas: envelhecimento da pele, perda de colágeno, acúmulo de gordura, genética, má postura e flacidez muscular. Embora a compressão possa amenizar o edema e reposicionar levemente os tecidos, ela não impede a degradação do colágeno nem a flacidez progressiva”, explica a médica.

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Mas Leiliane destaca que, para quem tolerar usar aquilo no rosto, pode ser uma estratégia válida na prevenção de marcas faciais associadas à posição ao dormir.

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Existe risco no uso da cinta facial?

Fazer um skincare noturno mais caprichado, com ácidos e produtos recomendados para o seu tipo de pele, faz todo o sentido.

“Durante o sono, a renovação celular se intensifica, e o uso de produtos oclusivos pode potencializar a hidratação e a absorção de ativos”, contextualiza a dermato.

Mas ela pondera: o uso excessivo ou inadequado de recursos como muitos cremes e fitas para o rosto pode comprometer a barreira cutânea, levando à obstrução dos poros, acne, dermatite de contato, irritações e até foliculite.

“Além disso, é essencial que as cintas estejam corretamente ajustadas, evitando compressão excessiva”, destaca.

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Procure sempre um médico dermatologista de confiança antes de seguir (ou se submeter) a moda viralizada da vez.

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