A Embrapa Café e o Instituto Agronômico (IAC) patentearam uma técnica para selecionar cafeeiros naturalmente sem cafeína.
Para isso, vasculharam o código genético das plantas em busca de mutações em genes capazes de reduzir ou até eliminar a substância, que algumas pessoas não podem consumir ou não toleram muito bem.
“A tecnologia é um teste de DNA semelhante ao de um exame de paternidade. A partir da identificação dessas alterações, podemos cruzar as plantas com as mais adaptadas ao cultivo em larga escala e criar cultivares naturalmente livres de cafeína”, explica a bióloga Mirian Perez Maluf, da Embrapa Café.
Hoje as versões descafeinadas são feitas a partir de uma lavagem do grão com água e uso de solventes, processo que acaba removendo outros compostos benéficos. As primeiras plantas do projeto já estão crescendo, e a ideia é que a metodologia seja expandida.
Quem não pode?
Os efeitos estimulantes da cafeína são apreciados por muitos e podem até trazer benefícios na prática de exercícios e na vida diária, mas a ação varia individualmente e algumas pessoas são intolerantes a ela.
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Fatores como idade, uso de medicamentos e problemas de saúde também interferem na sensibilidade à substância. Estima-se que 10% dos consumidores de café no mundo tomem a bebida descafeinada.