Uva em pó: quais os benefícios?
Farinha é feita do bagaço ou da semente e acrescenta sabor e nutrientes da fruta ao cotidiano

As diferentes variedades de uva já são conhecidas pelos seus nutrientes. Agora, a uva em pó ou farinha de uva tem conquistado espaço no mercado como um ingrediente que pode complementar receitas no dia-a-dia, incorporando o sabor da fruta.
Assim como existem algumas diferenças entre as propriedades que cada tipo de uva apresenta, a farinha de uva também apresenta algumas discrepâncias dependendo da sua procedência.
Entenda mais sobre a fabricação do produto e confira os seus benefícios.
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De onde vem a uva em pó?
Produtos vendidos sob o nome de “uva em pó” nada mais são do que a matéria seca derivada do processamento da fruta. Os rejeitos na fabricação de sucos ou de vinhos geralmente resultam em um excedente de bagaço, cascas e sementes que, após um processo de secagem, são transformados em farinha.
Igual a outros alimentos que passam por processamento, nesse tratamento alguns nutrientes são perdidos. Ou seja: consumir a farinha de uva ou uva em pó não significa que você terá os mesmos benefícios do consumo da fruta in natura. Mesmo assim, o produto apresenta compostos saudáveis para a adoção no cotidiano.
Quais os benefícios da uva em pó?
Apesar da perda de nutrientes durante o processamento, a farinha feita da uva mantém algumas propriedades benéficas. Dependendo do produto adquirido, os valores variam em torno de 7,88% de proteínas, 15,40% de fibras e 44,24% de carboidratos.
Análises das cultivares Bordô e Seibel transformadas em farinha apontam que a versão em pó apresenta bons níveis de zinco, manganês, ferro e potássio. A matéria da uva do tipo Seibel, por exemplo, apresentou teores maiores de nitrogênio, potássio, cobre, magnésio e cálcio do que a Bordô. Esses minerais trabalham junto aos polifenóis para a manutenção da saúde cardiovascular.
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Após o processamento, algumas farinhas tiveram uma redução de cerca de 60% do conteúdo inicial de compostos fenólicos, substâncias que têm impacto positivo no organismo. A variedade desses compostos costuma ser maior nas farinhas produzidas a partir de uvas de cor vermelha ou azul, o que pode se tornar um fator na hora de escolher o produto.
De todo modo, dos fenólicos que permanecem na farinha de uva, destacam-se antocianinas, resveratrol, ácido linoleico e ácido palmítico. O resveratrol, por exemplo, é conhecido por auxiliar na proteção celular e no combate aos radicais livres. Assim, acrescentar o pó de uva na dieta pode contribuir para o estímulo de agentes antioxidantes e anti inflamatórios no organismo.