Temperos prontos: saiba por que você não deveria consumi-los
Além de uma quantidade muito grande de sódio, sachês (ou tabletes) também contêm aditivos químicos para alterar aroma, sabor ou consistência

É mais cômodo e rápido: em vez de utilizar vários itens diferentes na cozinha, os temperos prontos em pó ou cubos dão mais sabor instantaneamente a uma receita. Mas, embora mais prática, essa opção não é a mais saudável no longo prazo.
Altamente processados, esses produtos acabam devendo grande parte seu “poder” a uma quantidade muito elevada de sódio, tendo o sal como principal ingrediente, independentemente do sabor anunciado na embalagem.
Entenda, a seguir, os problemas no consumo desta categoria e aprenda a substituí-la na cozinha.
Malefícios do tempero pronto (e outras opções)
Por si só, o sódio não é um vilão. Ele ajuda a regular várias funções do corpo: pressão arterial, impulsos nervosos e contração muscular. O problema começa quando você extrapola a quantidade recomendada para uma pessoa.
No caso dos temperos prontos, a quantidade da substância chega a 41% da dose diária em apenas um sachê. Se essa prática é comum na sua mesa, pode ultrapassar em muito o máximo saudável, ainda mais aliada a opções de acompanhamentos ricas em sódio, como molhos prontos ou até mesmo o sal que você bota na salada.
Além disso, os temperos instantâneos também contém aditivos químicos para dar sabor, consistência ou aroma. O excesso de aditivos transforma esses alimentos em ultraprocessados, categoria ligada ao risco de doenças crônicas e obesidade.
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E há outras pegadinhas que podem ser encontradas na embalagem. O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), no programa Raio-X dos Rótulos, identificou temperos prontos que anunciam ter “0% gordura” mas contam com gordura vegetal na composição. Em muitos casos, temperos “de legumes” fazem questão de exibi-los na embalagem, induzindo ao erro sobre a forma como são produzidos.
Os temperos prontos também enfrentam a controvérsia em torno do glutamato monossódico. Embora estudos recentes apontem que os antigos temores em torno desse aditivo eram exagerados, ele ainda é rico em sódio e tem seu consumo desencorajado pelo Ministério da Saúde.
Dicas para substituir
Se a questão é comodidade, não é necessário fazer um caldo de carne ou de vegetais do completo zero — processos, muitas vezes, trabalhosos e caros. A utilização de temperos in natura ou secos, como os vendidos na feira ou em saquinhos no mercado, é válida e altamente recomendada.
No feijão e carnes salgadas, por exemplo, uma dica é, em vez de utilizar temperos em pó, apostar em quantidades generosas de cebola e alho. O louro, salsinha, cebolinha, pimenta e coentro também são ótimas opções. A páprica doce ou defumada é outra opção fácil e confiável para substituir o caldo de carne.
Os temperos secos, considerados minimamente processados, podem ser utilizados na comida de forma mais segura e, claro, adicionando sabor sem gastar muito tempo no preparo.