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Taxar bebida adocicada reduziria o seu consumo

O aumento nos impostos sobre refrigerantes, néctares e achocolatados pode ser uma medida para conter a obesidade

Por Goretti Tenorio
Atualizado em 24 ago 2019, 10h35 - Publicado em 24 ago 2019, 10h35
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  • Líder de uma investigação que analisou dados de vários estudos e experiências pelo mundo, Andrea Teng, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, conta: “Nos lugares em que a tributação do açúcar foi adotada, como Estados Unidos e Chile, houve diminuição de venda e de ingestão dessas bebidas”. Em média, um imposto de 10% resultou num consumo 10% menor.

    Por isso, a epidemiologista acredita que a estratégia tem potencial para auxiliar na luta contra a pandemia de obesidade. Afinal, a atração pelo gosto doce e a facilidade de acesso colocam as bebidas açucaradas no topo da lista dos produtos mais associados ao ganho de peso.

    A própria Organização Mundial da Saúde já recomenda um imposto de 20% sobre elas como medida de proteção à população.

    Refrigerante em excesso aumenta o risco de doenças

    Argumentos a favor do aumento de impostos sobre as bebidas açucaradas

    Deu certo lá fora: no México, 10% de alta no imposto resultou em 7,6% menos consumo de refris, além de ter aumentado a ingestão de água.

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    Só educar não resolve: estudiosos afirmam que informar sobre os males do excesso não tem sido suficiente para inibir a compra e o ganho de peso.

    E os argumentos contrários

    Não é o único vilão: engordar demais é resultado de uma gama de problemas e não se relaciona somente ao açúcar das bebidas.

    Recurso limitado: a taxação recai só sobre os produtos industrializados e não melhora os preparos de bebidas em casa, nas escolas e nos restaurantes.

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    *Euromonitor 2018; Nota técnica nº 60-SEI/2017/MINISTÉRIO DA SAÚDE

    Fontes: Mauro Fisberg, nutrólogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Bruna Hassan, consultora da ACTBR Promoção da Saúde

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