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Shakes: prós e contras

O uso de substitutos de refeições é alternativa viável na perda de peso. Mas há poréns

Por Thaís Manarini
Atualizado em 6 jun 2017, 12h11 - Publicado em 27 Maio 2016, 17h22

Dados recentes mostram que mais da metade da população brasileira está acima do peso – uma realidade que, diga-se de passagem, é observada no mundo inteiro. E já está mais do que comprovado que essa situação abre portas para vários problemas, como doenças cardiovasculares, diabete do tipo 2, artrose, osteoporose e até câncer. Mas como frear a subida da balança e, assim, blindar o organismo?

Bem, nem sempre é fácil estimular a adesão a uma dieta equilibrada. Tem gente, só para citar um exemplo, que não consegue parar para almoçar – aí, acaba fazendo a refeição dentro do carro, entre um compromisso e outro. Nesses casos, a nutricionista Mariana Del Bosco, de São Paulo, acha que os substitutos parciais de refeição (disponíveis principalmente na forma de shakes ou barras) devem, sim, ser vistos como uma alternativa. “Eles podem ajudar a eliminar situações problemáticas, como pular o café da manhã”, disse a especialista, durante palestra conduzida hoje, no congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Ela lembrou, inclusive, que o papel desses produtos é reconhecido por entidades importantes, como American Dietetic Association, Associação Brasileira de Combate à Obesidade e Síndrome Metabólica, American Heart Association, Canadian Diabetes Association, entre outras. Agora, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esses itens devem respeitar algumas especificações em relação à quantidade de calorias, presença de vitaminas e minerais, teor e qualidade de proteínas e níveis de gorduras. “Portanto, o especialista deve continuar como parte importante do processo de emagrecimento. Ou seja, o substituto de refeição não substitui o nutricionista!”, alertou Mariana.

Durante a aula, a nutricionista citou estudos que demonstram efeitos benéficos de shakes, barras e afins não só no emagrecimento como também no manejo das taxas de açúcar no sangue – fator essencial para prevenir ou controlar o diabete. Em um desses trabalhos, conhecido como Look Ahead, mais de 5 mil pacientes com diabete do tipo 2 foram avaliados. Enquanto metade recebeu orientações sobre a doença, a outra parte passou por um programa intensivo de mudança de estilo de vida – esses participantes podiam usar substitutos de refeições ou não. Os cientistas perceberam, então, que a parcela que mais consumiu substitutos de refeições no primeiro ano foi justamente a que experimentou uma maior perda de peso.

Mas, claro, há ponderações. Apesar de muitas entidades de fato afirmarem que é possível utilizar os substitutos de refeições, o nutricionista Marcus Vinícius Lúcio dos Santos, da Universidade Federal de São Paulo, frisa que é necessário avaliar bem o que indivíduo está eliminando.

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Ou seja, trata-se de gordura ou massa magra? A resposta, segundo ele, faz toda a diferença. “Se for massa magra, sabemos que há chance de voltar a ganhar peso mais pra frente”.  Por isso, assim como Mariana, ele ressalta que é primordial contar com o aconselhamento de um especialista antes de lotar a despensa com potes e barras.

Até para ter a certeza de que o produto é realmente adequado. “Se ele for rico em proteínas, por exemplo, ajudará na perda de peso, porque esse nutriente dá saciedade, ao mesmo tempo em que contribuirá para a manutenção da massa magra”, ensina. No meio do caminho, o profissional ainda tem o papel de orientar sobre tudo aquilo que envolve um consumo alimentar adequado. Porque, vamos combinar: não dá para viver de shakes e companhia a vida inteira, certo?

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