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Refrigerante zero traz mesmo risco de diabete do que o normal

Consumir só 400 ml de bebidas adoçadas, diet ou ou zero por dia dobra o risco de desenvolver diabete

Por Ana Laura Prado (Exame.com)
8 nov 2016, 18h17
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  • Consumir menos de meio litro de bebidas açucaradas por dia é o suficiente para dobrar o risco de se desenvolver diabete, mostra um estudo publicado pela European Society of Endocrinology. E, ao contrário do que pode parecer, quem opta pelas versões diet ou zero não sai ileso a esse risco.

    Os resultados foram obtidos após a análise dos hábitos alimentares de mais de 2 800 pessoas. A pesquisa mostra que a ingestão diária de 400 mililitros (ml) de produtos como refrigerantes ou néctares (refresco que não é composto exclusivamente por suco integral) aumenta em duas vezes o risco de diabete.

    As versões adoçadas artificialmente, conhecidas como zero ou diet, apresentaram resultados semelhantes às convencionais. Segundo o estudo, tal relação pode ser explicada, entre outros fatores, por um efeito estimulante ao apetite provocado por elas. Ou seja, o sujeito compensaria a ingestão de uma bebida zero com refeições fartas na sequência.

    Além do diabete tipo 2, a pesquisa analisou também uma variedade mais rara da doença, a LADA – que é autoimune, assim como a tipo 1, e geralmente ocorre em adultos. Nos dois casos, constatou-se o risco em dobro como consequência do consumo de duas doses diárias, cada uma de 200 ml.

    Leia também: OMS recomenda aumentar impostos sobre refrigerantes

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    Também foi analisada a ingestão de mais de um litro das bebidas por dia; nesse caso, o risco de desenvolver diabete tipo 2 chegou a ser dez vezes maior do que entre os que não consomem nenhuma quantidade. Por conta da baixa frequência com que esse hábito foi relatado, o estudo destaca que esse resultado é menos expressivo.

    A relação do diabete tipo 2 com as bebidas açucaradas já tem sido evidenciada em trabalhos anteriores. Os riscos em relação à LADA, por outro lado, não são tão evidentes e foram o principal foco do estudo. Segundo os pesquisadores, ainda são necessárias novas investigações para avaliar o elo das bebidas com a LADA e, também, para esclarecer os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.

    Esta matéria foi publicada originalmente no site Exame.com

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