O girassol é originário do continente americano. Estima-se que os seus resquícios mais antigos tenham sido encontrados na América do Norte.
Por ser um produto versátil, ele tem sido cada vez mais cultivado pela agricultura. A planta é utilizada na alimentação humana e animal e no desenvolvimento de biocombustíveis.
O óleo de girassol conta com alta qualidade nutricional, por ter uma quantidade de gordura saturada menor em comparação com os óleos de milho e soja.
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Como funciona a extração do óleo de girassol?
A extração do óleo de girassol acontece a partir das sementes, que passam por um processo de limpeza e trituração. O método pode ser feito em escala industrial ou de maneira artesanal, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Na indústria, os grãos são prensados e a extração acontece por solvente. Estima-se que 100 quilos de sementes possam gerar até 40 litros de óleo.
Já o modelo artesanal, de menor volume, emprega a prensagem contínua das sementes para obtenção do óleo. Em seguida, o insumo é submetido ao processo de filtração ou decantação para a separação de resíduos.
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Óleo de girassol faz bem para a saúde?
O óleo de girassol, quando usado de forma e com quantidade adequada, pode ser benéfico para o organismo. A lista de benefícios inclui:
- Melhora para a saúde do coração
- Manutenção dos índices de colesterol
- Efeito antioxidante
- Potencial anti-inflamatório
“É uma boa opção de óleo vegetal em relação a composição lipídica e rico em vitamina E que pode compor a alimentação da população. Pode ser utilizado para grelhar, assar e refogar”, afirma a nutricionista Mariana Staut Zukeran, coordenadora da pós-graduação nutrição em gerontologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
O produto também é conhecido por apresentar um sabor mais neutro.
“Ele é fonte de gorduras poliinsaturadas do tipo ômega-3, aquele tipo que não prejudica a circulação e que não aumenta o colesterol”, afirma a nutricionista Lara Natacci, membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Sban).
Óleo de girassol e de soja: semelhanças e diferenças
Em termos de composição de gorduras, o composto de girassol é superior ao de soja.
“Ele possui uma quantidade maior de ácido oléico, o ômega-9, e menor quantidade de gordura saturada do que o óleo de soja”, pontua Mariana.
Outra diferença, embora discreta, está no ponto de fumaça. “A temperatura a partir da qual o óleo passa a se decompor e forma aquela gordura oxidada que pode trazer algum mal para a nossa saúde”, explica Lara.
“O ponto de fumaça do óleo de girassol é 210°C, a do óleo de soja é um pouquinho mais alta, de 230°C. Ele pode ser aquecido, mas não pode ser utilizado mais do que duas vezes porque começa a oxidar”, acrescenta a especialista da Sban.
Contudo, os dois tipos são parecidos. Por isso, a utilização deve considerar também o custo benefício. “As frituras devem considerar o tempo em que o óleo pode ser utilizado. Além disto, frituras, independente do óleo em questão, não devem ser ingeridas de forma frequente”, recomenda Mariana.
O óleo de girassol pode ser usado em pequenas quantidades em preparações como cozimento, refoga e grelha de alimentos. A questão da quantidade é importante.
“Os óleos vegetais são alimentos fonte de gorduras, e como tal, ao serem acrescidos a preparações aumentam a sua densidade calórica e, em excesso, podem contribuir para problemas cardiovasculares e consumo de alimentação hipercalórica”, alerta a nutricionista do Hospital Albert Einstein.
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Existe quantidade adequada?
Nesse contexto, a palavra-chave é moderação. Segundo Lara, definir um valor específico é um desafio, visto que isso pode variar de uma pessoa para outra.
“Uma colher de sopa de óleo tem em torno de 90 a 100 calorias. Então, a quantidade ideal vai depender da necessidade de cada um, sendo que a gordura deve ser utilizada de modo controlado. Isso depende de características individuais, do metabolismo, do gasto calórico, do estado de saúde, da composição corporal e do gênero, por exemplo”, resume.
Vale lembrar que uma alimentação adequada deve ser variada e com a presença de grupos de alimentos de forma equilibrada.
“Em uma dieta que já apresente sementes, castanhas e outros alimentos fontes de ômegas 3, 6 e 9, usar óleo de soja ou de girassol talvez não faça tanta diferença em relação à saúde. Desta forma, se recomenda evitar excessos e observar o hábito alimentar como um todo“, conclui Mariana.
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