Na vida ou na saúde, ninguém vence sozinho
Nova edição de VEJA SAÚDE examina como a alimentação soma forças à prevenção e ao controle das doenças mentais
Freud prescrevendo uma receita de salmão ao forno: a imagem fictícia que abre a reportagem de capa desta edição é evocada no início do livro Seu Cérebro Bem Alimentado (Fontanar), de Uma Naidoo, uma das precursoras de uma nova disciplina, a psiquiatria nutricional. Nessa obra, a autora, que também é chef de cozinha, reúne um monte de pesquisas a fim de receitar alimentos e nutrientes específicos para ajudar a evitar ou controlar transtornos mentais.
Por vezes, certos conselhos soam exagerados, e, como argumentam alguns psiquiatras mais céticos, ainda faltam estudos para cravar que o composto A ou B faz realmente diferença diante de uma depressão ou bipolaridade. Mas está aí uma novíssima área de exploração científica: a que investiga como a comida e os ingredientes mexem, direta ou indiretamente, com o cérebro.
Há perspectivas bem saborosas à vista e orientações práticas para levar à cozinha, como mostra a jornalista Regina Célia Pereira após conversar com estudiosos e passear por antioxidantes, gorduras, neurônios e neurotransmissores.
Um ponto que destacamos de cara, porém, é que a comida não faz milagres pela cabeça. É dentro de um estilo de vida equilibrado e, no caso do tratamento de um problema psíquico, como complemento à psicoterapia e aos remédios, que ela pode fazer diferença.
Isso nos remete a uma máxima por vezes chata, mas real até a medula: na saúde, raramente uma atitude ou um comportamento sozinhos comportam toda a solução. Tem que chamar Freud, médicos, farmacêuticos, cozinheiros e educadores físicos para a engrenagem funcionar direito.
É essa lógica do trabalho em equipe que funciona para cercar e subjugar doenças. E, aplicada a outro cenário, é a mesma que torna possível produzir e compartilhar conteúdos informativos, contextualizados e baseados em ciência. Friso isso porque, no ecossistema de VEJA SAÚDE, a alma do negócio está em nossa rede de colaboradores empenhados e talentosos.
Me refiro tanto à nossa redação quanto àqueles jornalistas e profissionais de saúde que colaboram com reportagens e blogs exclusivos. Para ampliar o time de colunistas do site — já escalado com Antonio Lancha Jr., Carlos Eduardo Barra Couri, Elie Fiss, Lara Natacci, Maisa Kairalla, Paulo Eduardo Brandão, Kelly Oliveira, Mariana Del Bosco, Roberta Federico, André Bernardo, Regina Célia Pereira e especialistas da Socesp —, temos a honra de contar agora com o médico Sidney Klajner, presidente do Einstein, e as advogadas experts em direito à saúde Renata Vilhena Silva e Tatiana Kota. É assim que fazemos (e debatemos) a história. Agora.
Enfim, vacinados!
Se teve um personagem que foi citado à exaustão na revista e no site de VEJA SAÚDE, foi a vacina da Covid-19. E, como qualquer ser humano que se informa e confia na ciência, estávamos ansiosos por tomar nossa primeira dose. Finalmente, rolou!
Tenho o alívio e o orgulho de dizer que todos os jornalistas e designers da redação se vacinaram — ainda falta a segunda dose para garantir a proteção esperada, claro, e ninguém vai deixar de tomar.
Inclusive nossa mais nova colega de trabalho, a repórter Fabiana Schiavon, que estará, junto à editora Thaís Manarini, à frente do nosso portal. Fabiana tem passagens por veículos como Folha de S.Paulo, Agora e IG e vem somar forças à nossa missão de trazer notícias quentes e contextualizadas sobre o universo da saúde. Vamos em frente, Fabi! E o melhor: vacinados.