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Multivitamínicos: suplementos são essenciais ou supérfluos?

Uso de suplementos com várias vitaminas juntas até pode ser indicado em alguns casos, mas sua eficácia tem evidências limitadas

Por Valentina Bressan
6 mar 2024, 17h31
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    A melhor forma de combater a deficiência de vitaminas é pela alimentação. E, se for o caso de suplementar, é mais negócio focar nas suas necessidades do que comprar um "multi" (8photo/Freepik)

    Nas prateleiras de farmácias, em anúncios nas redes sociais e na televisão, os suplementos multivitamínicos são vendidos com a promessa de suprir todas as necessidades nutricionais e melhorar a saúde. Afinal, por que uma cápsula com todas as vitaminas que o corpo requer não faria bem à saúde?

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    Nos últimos anos, a ciência tem fornecido uma gama de evidências que demonstram como os multivitamínicos não trazem assim tanta vantagem. De início, os cientistas e médicos já destacam que é sempre melhor obter os nutrientes necessários por meio da alimentação.

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    Quando é necessário suplementar, o indicado é que isso seja feito de forma focada nas necessidades específicas de cada pessoa.

    +Leia também: Suplementos vitamínicos: uso deve ser baseado em evidências científicas

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    Uma vitamina só pode ser melhor para você

    O problema inicial dos multivitamínicos está no começo da palavra: o “multi”. O organismo precisa, sim, de diversas vitaminas, minerais e outros nutrientes para funcionar bem e crescer. Só que, em geral, quando há deficiência, ela corresponde somente a poucas vitaminas específicas.

    Nesses casos, a solução é tentar obter mais desse nutriente por meio da alimentação e, enquanto isso não é atingido, tomar um suplemento para suprir essa falta.

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    Mesmo em casos como a vitamina D, em que é difícil obtê-la em quantidade suficiente por meio da alimentação, o uso de multivitamínicos é questionável. Primeiro porque a exposição ao sol garante doses adequadas da substância. Depois que, mesmo se necessário suplementar, vale mais a pena investir em comprimidos só com vitamina D.

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    Mas e se você tomar um multivitamínico nessa situação, o que acontece? Na melhor das hipóteses, você está gastando dinheiro à toa – por isso, alguns médicos brincam que o resultado dos multivitamínicos é um “xixi caro”. Se você não tem deficiência de uma das vitaminas incluídas no coquetel, ela só será descartada pelo corpo na urina.

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    Isso em um cenário positivo. Na pior das hipóteses, o consumo em excesso de vitaminas que não precisam ser suplementadas pode até trazer danos à saúde.

    Cuidados com multivitamínicos

    Estudos conduzidos para avaliar os efeitos do consumo de multivitamínicos levantaram evidências limitadas do benefício desses suplementos.

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    Uma pesquisa com pessoas idosas, feita durante três anos, encontrou algumas evidências do uso de um suplemento com vitaminas e minerais para a memória e função executiva.

    Já uma pesquisa observacional maior, conduzida durante uma década, não encontrou provas de que o multivitamínico protegesse contra doenças cardiovasculares ou declínio cognitivo, embora talvez reduzisse minimamente a incidência de câncer e catarata. E atenção: esse tipo de levantamento não é capaz de determinar a eficácia de um comprimido.

    Mesmo com um leve indício favorável ao uso do suplemento, os riscos não compensam. Sem orientação médica, o uso de multivitamínicos pode causar danos. Entrando em alguns exemplos específicos: a superdosagem da vitamina A aumenta o risco de defeitos congênitos em fetos, problemas no fígado e osteoporose.

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    Quando consumida por meio dos suplementos, a vitamina E pode ser prejudicial à saúde cardiovascular. Ela está associada a um maior risco de falência cardíaca e outros problemas.

    Os suplementos também podem interagir com outras medicações prescritas, o que reforça a necessidade de indicação profissional antes de ingeri-los.

    Quando suplementar nutrientes é uma boa ideia?

    Se há poucas vantagens no uso indiscriminado de multivitamínicos, como saber quando devemos consumi-los? Primeiro, o essencial é buscar um médico e um nutricionista para avaliar com exames adequados o nível de nutrientes no organismo e, se necessário, descobrir a causa da deficiência de vitaminas e a melhor forma de resolvê-la.

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    A seguir, trazemos alguns exemplos de quando suplementar nutrientes pode ser recomendado:

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