Kefir: conheça o alimento “vivo” de ação probiótica
Com propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, essa bebida fermentada pode auxiliar na manutenção intestinal e melhora da imunidade
Rico em nutrientes, o kefir é uma bebida probiótica feita a partir da ação de um conjunto de bactérias e leveduras. Com raízes antigas, que remontam às montanhas do Cáucaso, na fronteira entre Ásia e Europa, ela se destaca tanto pelas suas propriedades quanto pela sua versatilidade.
Cada vez mais popular entre as nutricionistas, o alimento pode auxiliar na melhora da imunidade, manutenção da saúde intestinal, fortalecimento dos ossos e equilíbrio hormonal.
O que é o kefir?
Trata-se de uma bebida produzida a partir da fermentação de grãos de kefir em leite ou água açucarada. Esses grãos, por sua vez, são constituídos geralmente por um conjunto de bactérias ácido-lácticas, bactérias ácido-acéticas e leveduras.
Com consistência cremosa, o alimento se assemelha a um iogurte pela sua textura, sabor levemente azedo e quantidade de proteínas. No entanto, se diferencia por possuir uma concentração maior de probióticos, microrganismos vivos capazes de proporcionar efeitos benéficos à saúde.
+Leia também: Afinal, para que servem os probióticos?
Quais são os benefícios do kefir?
O kefir é rico em proteínas, carboidratos, potássio, cálcio, magnésio, fósforo e vitaminas A, D e B. Seu principal polissacarídeo é o kefirano, um composto com propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias.
Além de ser fonte de nutrientes, ele pode ser um aliado para a melhora da imunidade, regulação dos níveis de colesterol e glicose, e combate a infecções.
A bebida auxilia no bom funcionamento intestinal e facilita a digestão da lactose por meio da ação bacteriana. Pelos níveis de cálcio, outro benefício é o fortalecimento dos ossos e a prevenção da osteoporose.
Há ainda estudos que apontam efeitos positivos do probiótico no tratamento de lesões renais agudas e na manutenção do bom funcionamento do sistema nervoso, que controla as funções cardíacas. O equilíbrio hormonal e a diminuição dos sintomas de distúrbios psicológicos também são possíveis consequências.
Mas, atenção: nenhum efeito é garantido e nenhum alimento, por si só, é capaz de proporcionar uma vida saudável. Além de se certificar de que a bebida foi preparada e armazenada corretamente, é preciso combiná-la a uma rotina equilibrada para usufruir dos seus benefícios.
Como preparar esse alimento milenar?
Embora existam diversas opções disponíveis no mercado, é possível preparar o kefir em casa. Basta colocar uma colher de sopa dos grãos em um pote de vidro com 500ml de leite, cobrir com um pano e deixar fermentar por 24 horas. Em seguida, é só coar o líquido e ele já estará em uma consistência própria para consumo.
O processo é o mesmo para fazer o kefir à base de água. Nesse caso, o leite é substituído por água com uma colher de sopa de açúcar mascavo. Ambas as misturas têm que ficar na geladeira e podem ser consumidas em até três dias.
Geralmente, os grãos são doados entre quem “cultiva” a bebida. Basta procurar rapidamente na internet para encontrar alguma oferta.
Como inserir o kefir na rotina?
Seja puro ou saborizado, o kefir pode ser consumido entre refeições, no café da manhã, no lanche ou até mesmo como sobremesa. Mel e frutas vermelhas são algumas das opções saborizadas, que costumam ser mais adocicadas. Já a versão pura tem um gosto levemente azedo.
Para inserir o alimento na rotina, uma possibilidade é incorporá-lo em vitaminas e smoothies, no lugar do líquido ou iogurte usual. Outra dica é utilizá-lo como um complemento para cereais integrais e aveia.
Quais os cuidados no consumo do kefir?
Apesar dos seus benefícios, o kefir possui contraindicações. Pessoas com deficiências imunológicas, por exemplo, devem evitá-lo. Nesses casos, a ingestão de uma grande quantidade de culturas de bactérias vivas e ativas pode causar desequilíbrios intestinais. Vale destacar que o excesso de micro-organismos pode ser maléfico em qualquer situação.
Outro cuidado é com gestantes e lactantes. Devido à fermentação, a bebida pode conter pequenas quantidades de álcool, devendo ser evitada por elas.