As primeiras descobertas de um estudo das universidades Harvard (EUA) e Rovira i Virgili (Espanha) pareciam não trazer grandes surpresas. Com base na avaliação de 3 349 adultos, acompanhados durante 4 anos e meio, notou-se uma relação entre o consumo exacerbado de gordura de origem animal (saturada) e o diabete tipo 2. A princípio, outro motivo para encarar essa substância como uma vilã da saúde.
No entanto, ao esmiuçar os hábitos alimentares dos voluntários, os especialistas notaram que a ameaça atrelada às tais gorduras saturadas estava ligada a itens específicos e aparentemente inofensivos, como manteiga (acima de 12 gramas por dia) e queijos gordos (mais de 30 gramas por dia). Por outro lado, a turma que tomava iogurte integral — outra fonte desse nutriente — parecia estar até mais protegida em comparação a quem não tinha esse hábito.
Um dos motivos seria o conjunto da obra, ou melhor, das refeições. É que queijo e manteiga geralmente acompanham pão branco e outros alimentos que, em excesso, abalam a saúde. O iogurte, por sua vez, foi associado a boas escolhas à mesa, além de ser rico em cálcio, proteína e probióticos, responsáveis por fazer o organismo funcionar direito.
E as gorduras insaturadas, abundantes em oleaginosas, no abacate e no azeite de oliva? Embora a ingestão moderada de fato seja benéfica, o excesso pode culminar em barriga de sobra. Pelo visto, o jeito é buscar o equilíbrio, seja qual for o nutriente.