Comer hambúrguer mal passado faz mal?
Carne moída tem maior risco de contaminação do que peças inteiras, dificultando preparo seguro sem o cozimento total
O hambúrguer rosado no centro é considerado o mais suculento pelos especialistas. Entretanto, o fato de ele estar mal passado ou “ao ponto”, pode aumentar o risco de uma intoxicação alimentar.
Entenda, abaixo, os motivos para isso.
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Por que o hambúrguer mal passado é mais arriscado?
O risco ampliado tem relação com um número maior de pontos de contaminação em potencial. Em qualquer pedaço de carne, as bactérias prejudiciais à saúde ficam localizadas na superfície. Como o hambúrguer é feito com carne moída, os patógenos que normalmente estariam somente na parte externa podem atingir qualquer ponto da mistura.
Em um corte inteiro de carne, o processo de cozimento destrói as bactérias superficiais, mesmo com o interior permanecendo mal passado (o risco de uma carne mal cozida, neste caso, está relacionado sobretudo a parasitas). Já no hambúrguer, como a “superfície” acaba sendo toda a carne moída, partes contaminadas podem permanecer no interior.
E aí, se o cozimento não é completo, como no caso do ponto mal passado, as bactérias não são destruídas.
Outra questão que aumenta o perigo é um maior risco de contaminação cruzada, já que no processamento podem ser utilizados diferentes cortes de carne (ou seja, alguns podem trazer patógenos que não existiriam em uma peça única) e utensílios que não foram higienizados adequadamente.
O que fazer em caso de intoxicação
Entre as bactérias causadoras de problemas mais recorrentes, aparecem a Salmonella e a E. coli. Em geral, os sintomas costumam ser passageiros, e envolvem náusea, diarreia e vômito.
O principal risco é a desidratação, por isso é fundamental manter uma ingestão adequada de água e sais minerais (com isotônicos ou soro), para evitar o desequilíbrio eletrolítico.
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No entanto, se os sintomas forem persistentes, não hesite em buscar ajuda médica. Infecções mais graves podem causar sérios riscos à saúde e exigir tratamentos mais prolongados, com o uso de antibióticos, conforme avaliação médica.
Dá para fazer um hambúrguer rosado mais seguro?
Em tese, é possível garantir um hambúrguer mais suculento, rosado (a cor se deve à mioglobina, uma proteína das fibras musculares), e que não tenha partes “cruas” no interior. A maneira de garantir a segurança alimentar é cozinhá-lo até que todas as partes atinjam uma temperatura em torno de 70 graus.
No entanto, pode ser muito difícil monitorar isso se você está cozinhando em casa e não tem experiência em diferenciar o que é um carne mal passada de um hambúrguer rosado que cozinhou adequadamente. Nesses casos, se estiver em dúvida, pode ser mais garantido fugir do rosa.