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Chocolate pode ser saudável? Saiba como consumir sem culpa

A Páscoa reacende velhos dilemas sobre este doce tão popular, mas saiba que ele não precisa ser vilão

Por Maurício Yagui Hirata, endocrinologista da Brazil Health*
17 abr 2025, 13h22
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 (Foto: Ekaterina Budinovskaya/Getty Images; Ilustrações: Letícia Raposo/Estúdio Coral/Veja Saúde)
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Uma das questões mais frequentes dos pacientes que vão à minha clínica é como parar de comer chocolate exageradamente, ou qual o melhor tipo para consumir. Muitos deles, em sua maioria mulheres, relatam verdadeira compulsão pelo alimento.

Isso ocorre porque, ao ingerirmos altas quantidades de carboidratos (açúcar) com gordura (cacau), ocorre uma sensação de prazer ou satisfação cerebral. Infelizmente, para algumas pessoas esse efeito dura pouco tempo, levando à repetição do ato.

+Leia também: É verdade que açúcar vicia? Saiba o que diz a ciência

Os riscos do consumo excessivo de chocolate

O problema é que, mesmo em pequenas quantidades, o teor calórico do chocolate é alto e pode favorecer o aumento de peso. Além disso, muitos chocolates contêm leite em sua composição, o que é prejudicial para pessoas com intolerância à lactose.

Chocolates com muito açúcar também aumentam a glicemia em pacientes pré-diabéticos ou diabéticos, podendo alterar significativamente o controle metabólico.

Outro fator preocupante é a presença de gordura trans ou gordura vegetal hidrogenada em muitas marcas de chocolate, o que contribui para o aumento do colesterol e pode elevar o risco de doenças cardiovasculares.

Dados do Ministério da Saúde apontam que o excesso de gordura trans na dieta está associado a cerca de 500 mil mortes por doenças cardiovasculares em todo o mundo a cada ano, segundo a OMS.

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Levando em conta esses fatores, o chocolate industrializado, principalmente os ultraprocessados, pode ser um dos piores alimentos para determinadas pessoas. A solução não é eliminar o chocolate da dieta, mas escolher melhor.

Como escolher o chocolate mais saudável?

Para fazer uma escolha mais consciente, afaste-se dos chocolates ultraprocessados, que contêm grandes quantidades de aditivos alimentares, corantes, açúcares refinados, gorduras trans e conservantes.

Sempre leia o rótulo e prefira aqueles com maior porcentagem de cacau (acima de 70%), com menor teor de açúcar e livres de ingredientes artificiais como emulsificantes, conservantes e realçadores de sabor.

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Os benefícios do chocolate amargo para a saúde

O chocolate amargo, especialmente o produzido de forma mais artesanal, pode trazer diversos benefícios à saúde.

O cacau é rico em antioxidantes, como os flavonoides, que têm efeito anti-inflamatório e podem auxiliar na redução da pressão arterial, na melhora da sensibilidade à insulina e na saúde cardiovascular.

Estudos publicados em revistas internacionais, como a British Journal of Nutrition, apontam que o consumo moderado de chocolate amargo está associado a um menor risco de doenças do coração e à melhora do humor, devido ao aumento de endorfinas e serotonina.

Consumo moderado é a chave

Mesmo o chocolate amargo deve ser consumido com moderação. Uma porção de 20 a 30 gramas por dia é suficiente para obter os benefícios sem prejudicar a dieta.

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A chave está no equilíbrio e na qualidade do que se consome.

+Leia também: Por que o ovo de chocolate está tão caro?

Chocolate pode ser um aliado da saúde

O chocolate não precisa ser um vilão na sua alimentação. Com escolhas adequadas e consumo moderado, ele pode até se tornar um aliado da sua saúde e do seu bem-estar.

Busque sempre informação de qualidade, leia os rótulos com atenção e, em caso de compulsão ou dúvidas sobre seu impacto na saúde, converse com um profissional.

*Maurício Yagui Hirata é endocrinologista, membro do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein e Sírio-Libanês, afiliado a Endocrine Society, American Association of Clinical Endocrinology e European Society of Endocrinology

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(Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

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