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Chá de alcaçuz: conheça os benefícios e os cuidados na hora de usar

Planta é consagrada na medicina tradicional e tem compostos que despertam interesse na ciência, mas infusão não é fórmula mágica para a saúde

Por Maurício Brum
8 jul 2025, 18h00
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O alcaçuz é apreciado por seu sabor e por propriedades consagradas no uso popular (Joanna Boisse/Wikimedia Commons)
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O alcaçuz é uma planta originária da Ásia e da região do Mediterrâneo, com usos na medicina tradicional que remontam há milênios. A infusão de suas raízes, também chamada de chá de alcaçuz, é uma das formas mais comuns de tentar obter seus benefícios.

Pertencente à espécie Glyryrrhiza glabra e também conhecido como regaliz (e em inglês como “licorice”), o alcaçuz conta com propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que o tornam uma receita ancestral para driblar desconfortos respiratórios e gástricos.

Mas, embora a planta tenha potenciais interessantes, excessos no seu uso têm sido associados a efeitos adversos, exigindo cuidado na forma como ela é empregada no dia a dia. Saiba mais o que a ciência diz sobre o alcaçuz.

+ Leia também: Descubra os benefícios do chá da casca de laranja  e aprenda a preparar a infusão

Há benefícios no chá de alcaçuz?

Como costuma ocorrer com outras plantas utilizadas em infusões, são compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, como os flavonoides presentes na planta, que tornam o alcaçuz potencialmente interessante para o organismo.

Entre as várias substâncias encontradas nas raízes, uma conhecida como glicirrizina – principal responsável pelo sabor e pelas propriedades medicinais atribuídas ao alcaçuz – é a mais estudada.

Em diferentes pesquisas, extratos contendo glicirrizina vêm demonstrando potencial para aliviar problemas como refluxo, úlceras pépticas e dificuldades respiratórias como a asma.

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A raiz também teria um potencial antimicrobiano e as propriedades antioxidantes também teriam inibido o crescimento de células tumorais, indicando uma possibilidade de ajudar na prevenção de casos de câncer.

Mas todas essas alegações precisam ser vistas com uma importante reserva: de modo geral, os estudos com as promessas mais impressionantes são feitos in vitro, em ambiente de laboratório, e com animais, utilizando extratos em concentrações muito maiores do que se obteria normalmente consumindo a bebida somente.

No dia a dia, mesmo que essas propriedades se mantenham em seres humanos, a tendência é que elas sejam muitíssimo mais modestas para quem consome a infusão.

Em suma, o chá não pode ser empregado como substituto de um tratamento de saúde indicado por médicos, nem deve ser considerado instrumento de cura para qualquer doença.

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Além disso, mesmo que os potenciais do alcaçuz venham a ser comprovados pela ciência, ainda não há certeza da dosagem adequada para aproveitar as benesses sem correr riscos.

+ Leia também: Vitamina C: 7 frutas brasileiras ricas no nutriente que turbina a imunidade

Cuidados no consumo

O uso de “riscos” no parágrafo acima pode até causar estranheza, já que se trata de uma planta medicinal usada há muito tempo, mas vale lembrar: mesmo produtos tradicionais consagrados na medicina popular devem ser utilizados com cuidado. O excesso costuma fazer mal – e o mesmo vale para o bom e velho alcaçuz.

Embora a raiz seja considerada segura de modo geral, alguns estudos vêm associando o uso excessivo e rotineiro do alcaçuz a problemas renais e cardiovasculares, incluindo episódios de hipertensão arterial e arritmia. Esses casos são considerados raros, mas reforçam a indicação de uso moderado e contraindicações para pessoas que já convivem com problemas crônicos nos rins, no coração ou de circulação.

Grávidas também não devem fazer uso desse chá.

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Ao decidir introduzir um produto novo na rotina, é uma boa ideia conversar previamente com um profissional de saúde. Caso você comece a consumir o alcaçuz e sinta algum efeito inesperado, indicativo de uma reação alérgica ou hipersensibilidade, suspenda o uso e procure um serviço de saúde.

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