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Banana é turbinada em laboratório para salvar a vida de crianças

Mais amarela que a versão comum, essa fruta transgênica foi desenvolvida para prevenir a carência de vitamina A, que mata 600 mil crianças por ano no mundo

Por Bruno Garattoni (da Superinteressante)
Atualizado em 18 nov 2018, 11h03 - Publicado em 17 ago 2017, 17h01
banana
Em comparação com a banana tradicional, a criada em laboratório tem uma cor mais forte (Foto: Universidade de Queensland/SAÚDE é Vital)
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A banana foi desenvolvida pela Universidade de Queensland, na Austrália, e contém 20 vezes mais betacaroteno do que sua versão tradicional. Essa molécula (naturalmente presente em cenoura, espinafre, ervilha…) é essencial para o bom funcionameno do corpo humano, pois é transformada pelo organismo em vitamina A.

Em crianças com menos de cinco anos, a falta de vitamina A é especialmente grave – por prejudicar o sistema imunológico, pode fomentar infecções graves. Acredita-se que, a cada ano, de 600 mil a 750 mil pequenos morram por problemas de saúde relacionados à deficiência de vitamina A.

A maioria desses casos acontece em Uganda e outros países africanos – onde a banana cozida é um elemento central da alimentação. Os cientistas australianos receberam US$ 10 milhões da Fundação Bill & Melina Gates para criar a banana transgênica, que foi batizada de “banana dourada”. Ela é uma banana do tipo Cavendish (ou banana d’água para os mais íntimos), mas que recebeu genes de outra espécie: a Fe’i, nativa de Papua Nova Guiné e conhecida pelo alto teor de betacaroteno.

O resultado do transplante genético foi a banana dourada, que contém muito mais betacaroteno que a Cavendish comum – e, por isso mesmo, é bem mais amarela. Após 12 anos de testes de laboratório e em plantações, os cientistas finalmente chegaram à nova espécie.

Claro que ela ainda tem de ser aperfeiçoada, ficando mais resistente e produtiva, para que possa ser cultivada em grande escala na África. De acordo com os pesquisadores, isso pode acontecer já em 2021.

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Quer mais detalhes? O pessoal da Universidade de Queensland preparou um vídeo (em inglês) sobre o assunto:

Este conteúdo foi publicado originalmente na Superinteressante.

 

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